As artesãs integrantes da Associação Bem da Terra participaram, no mês de abril, de duas atividades promovidas pelo Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) e pelo Núcleo de Economia Solidária e Incubação de Cooperativas da Universidade Católica de Pelotas (Nesic/UCPel). O primeiro encontro, que ocorreu no dia 10, teve o intuito de ampliar o conceito de artesanato do grupo e, o segundo, que ocorreu entre os dias 15 e 18, visou oferecer às integrantes uma oficina com o objetivo de propiciar o desenvolvimento de uma identidade para os produtos.
Na avaliação da assistente social do Nesic, Cristine Garcias, as atividades promoveram o primeiro contato com as consultoras do Sebrae, o que deve possibilitar, nos próximos encontros, um produto ou coleção assinada pela Bem da Terra. “Durante os quatro dias de curso prático, as artesãs puderam qualificar as técnicas já dominadas para vender artesanato com uma qualidade cada vez mais aperfeiçoada”, conta Cristine, explicando que as participantes foram divididas em pequenos grupos afins como costura, crochê, tricô e pintura, para desenvolver melhor os trabalhos.
As participantes levaram para casa uma série de tarefas a serem executadas, que devem ser apresentadas novamente para as consultoras do Sebrae ao fim do mês de junho, encerrando as atividades propostas pelo curso.
A coordenadora da Bem da Terra, Zenaide Rocha, viu na oficina a concretização de parte do seu sonho, que é de ver as artesãs vivendo financeiramente da realização do seu trabalho. “Ao longo das atividades foi possível verificar nosso trabalho desabrochando”, avaliou, sem esquecer que ainda existe grande desafio a vencer na busca da criação de uma linha de produtos da Bem da Terra.
A artesã Margarida Bandeira, multiplicadora das técnicas de artesanato na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, da Paróquia São José, e também integrante da Bem da Terra, divulga todo o aprendizado oferecido pelo Sebrae na sua comunidade. “Tudo que eu aprendo eu multiplico junto às mulheres do meu bairro”, comenta, com expectativas de que o aperfeiçoamento das suas técnicas e das demais integrantes revertam em um aumento dos produtos comercializados.
Enquanto o novo encontro com as consultoras do Sebrae ainda não ocorre, as integrantes do grupo continuam dando andamento aos trabalhos já desenvolvidos, colocando em prática as orientações já recebidas. “Agora que já temos delineado um caminho a ser seguido, queremos desenvolver um trabalho bem terra, bem chão” define Zenaide.