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Moradias para a tribo Kaigang começam a sair do papel
12.03.2018 | 16:27 | #arquitetura-e-urbanismo
Moradias para a tribo Kaigang começam a sair do papel
O sonho das famílias da Tribo Kaigang de ter um lar está mais próximo de se tornar realidade. 16 casas estão previstas para serem construídas através do projeto de Habitação Popular do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pelotas (UCPel).

No terreno próximo à Cascata, uma moradia está concluída e outras três seguem em andamento. De acordo com a coordenadora do Programa, professora Joseane Almeida, imprevistos atrasaram a data de entrega. “Entendemos que os índios têm pressa, porém foi necessário conscientizá-los da importância da ajuda deles para finalizar as obras”. O projeto prevê a entrega da base, estrutura, cobertura e saneamento das casas.

Para proporcionar maior agilidade ao andamento do projeto, também foi contratado um profissional para acompanhar o dia a dia das obras. De acordo com a docente, o gasto não estava previsto no orçamento, assim como o transporte dos materiais recebidos. Mesmo com as dificuldades enfrentadas, na avaliação da docente, o programa de extensão vem sendo bem sucedido. “O contato com uma cultura diferente e a preocupação com todos os níveis do projeto são um grande aprendizado”, complementa. 

O acadêmico bolsista Álvaro Leal destacou algumas dificuldades vencidas ao longo das etapas do projeto. Um exemplo lembrado pelo estudante foi a construção dos banheiros coletivos sugeridos pela tribo, visto que o custo para construir um por habitação seria maior que o orçamento previsto. “Por sugestão deles, em janeiro construímos um espaço com seis sanitários e quatro chuveiros”, comenta.

Além das casas, as famílias ainda terão parte do mobiliário construído por acadêmicos da UCPel. Um novo programa de extensão, coordenado pela professora Fernanda Tomiello, foi aprovado e é responsável pela construção de bancadas para pias e esquadrias. O grupo foi formado para dar destinos às madeiras doadas e recicladas. 

Para o segundo semestre de 2018, com o fim do projeto de Habitação Popular, a intenção de docentes e bolsistas é  oferecer assistência técnica para a comunidade. “Queremos auxiliar as famílias que estão passando pela regularização municipal, para que as moradias atendam as necessidades mínimas de habitação”, finaliza a coordenadora do Programa.

Redação: Piero Vicenzi

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