Lideranças políticas e empresariais demonstraram união e sintonia durante o evento em defesa da duplicação da BR-116. Levantamento feito pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel) demonstrou a importância econômica da obra para a região. A cada ano, R$ 700 milhões deixam de ser arrecadados, frisou o coordenador do Escritório de Desenvolvimento Regional (EDR/UCPel), Ezequiel Megiato, durante o evento realizado sexta-feira (20) na cidade de Camaquã.
A duplicação dos 234,9 quilômetros da rodovia entre as cidades de Pelotas e Guaíba deveria ter sido finalizada em 2015. Desde então, além do prejuízo econômico, a paralização parcial das obras tem sido responsável por aumento significado no número de acidentes e mortes.
Durante sua fala, Megiato também destacou a importância da obra para escoamento da produção do Porto de Rio Grande. “A duplicação do modal rodoviário incrementará em cerca de 90% a produtividade de todo o complexo”. A cada 2 anos e 11 meses de obra paralisada, o prejuízo é suficiente para a conclusão de toda a obra.
Dos 9 lotes em que a obra está dividida, o 3 (Tapes), 8 (São Lourenço do Sul a Turuçu) e 9 (Turuçu a Pelotas) falta apenas a finalização do concreto asfáltico, explicou o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/RS), engenheiro Hiratan Pinheiro da Silva. “Temos o problema da defasagem no preço do concreto asfáltico entre o valor previsto no contrato e o preço imposto pela Petrobras”, explicou.
Os lotes 1 (Guaíba a Barra do Ribeiro) e 2 (Barra do Ribeiro a Tapes) seguem parados devido recuperação judicial da empresa responsável pelos dois trechos. Seguem em andamento de obras os lotes 4 (Arambaré a Camaquã), 5 (Camaquã a Cristal), 6 ( Cristal) e 7 (São Lourenço do Sul) porque ainda não precisam receber asfaltamento, frisou Silva.
O senador Lasier Martins (PSD) se comprometeu em levar um abaixo assinado juntamente com as fotos do evento ao Presidente Michel Temer (MDB) para tentar obter verbas suplementares. A duplicação está com cerca de 60% das obras concluídas, mas sem perspectiva de entrega.
Redação: Rita Wicth – MTB 14101