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Mesa redonda traz a história de Dom Óscar Romero, bispo mártir de El Salvador
Mesa redonda traz a história de Dom Óscar Romero, bispo mártir de El Salvador
Quem foi o bispo mártir de El Salvador, sua marca histórica e seu exemplo são os pilares centrais do evento que ocorre na Universidade Católica de Pelotas (UCPel) na próxima terça-feira (2). A mesa-redonda Páscoa Latinoamericana, promovida pela Capelania da Universidade e pelos Institutos Superiores de Cultura Religiosa, Teologia e Filosofia, terá, inclusive, o depoimento de uma pedagoga que viveu o momento da guerra em El Salvador.

O evento terá a contextualização histórica da América Central do fim da década de 1970 e início da década de 1980, além da situação da Igreja e o seu envolvimento no processo de transformação social. A temática será conduzida pela doutora em História, professora de História Contemporânea da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Caroline Bauer.

O perfil e a trajetória de Dom Óscar Romero será abordado pelo capelão da UCPel e doutor em Teologia, padre Rogério Mosimann da Silva, cuja tese versou sobre as homilias do bispo salvadorenho. 

Ao fim, haverá o depoimento da pedagoga francesa Anne Marie Crosville, que esteve durante a guerra em El Salvador e compartilhará suas memórias com os presentes.
A mesa-redonda ocorre às 19h, no Espaço Multiuso do Campus II (rua Almirante Barroso, 1.202). A entrada é gratuita. O evento conta ainda com o apoio do Conselho Arquidiocesano de Leigos e integra a programação de Páscoa da UCPel.

Quem foi
Dom Óscar Romero (1917-1980), bispo de El Salvador, foi um pastor muito comprometido com a causa da justiça social e da paz durante o regime militar apoiado pelos Estados Unidos.

Foi ordenado padre aos 25 anos e bispo aos 53. Nomeado arcebispo da capital, San Salvador, em 1977, por suas posições conservadoras, teve uma grande mudança de visão ao conhecer de perto os sofrimentos do povo e das pessoas que lutavam em defesa dos direitos humanos. Passou assim a denunciar corajosamente, em suas homilias dominicais, a repressão do regime militar e as atrocidades cometidas pelos esquadrões da morte, manifestando publicamente sua solidariedade com as vítimas da violência política.

Dentro da Igreja Católica, defendeu a "opção preferencial pelos pobres". 

Pela sua firme oposição ao regime opressor, foi assassinado em 24 de março 1980, por um franco atirador, enquanto celebrava a missa.
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