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Medicina tem novo currículo e Projeto Pedagógico
23.12.2015 | 18:07 | #medicina
Medicina tem novo currículo e Projeto Pedagógico
O Conselho Universitário da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) aprovou, recentemente, o novo currículo do curso de Medicina. Com exceção da ATM 2016 - turma do sexto ano -, todos os acadêmicos migrarão para a nova proposta. Aliado a isso, o Projeto Pedagógico do curso também foi revisto. Dentre as novidades, estão novos conteúdos programáticos, inserção de disciplina a distância, reestruturação do Internato, ampliação da área de saúde mental e de saúde coletiva, tutorias multidisciplinares e atividades em língua estrangeira.

A reforma curricular ocorreu após mais de um ano de discussões pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE) para atender as novas Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Medicina. "O Projeto Pedagógico é um 'ser vivo', que precisa ser alimentado e estar sempre em dinâmica de movimento e inovação", pontuou a coordenadora do curso de Medicina, professora Luiza Novaes.

Conforme explica a coordenadora, uma das alterações diz respeito a novos conteúdos programáticos da disciplina de Administração e Planejamento em Saúde (APLAS), do quarto ano. Agora, os conteúdos referentes à legislação terão sua própria disciplina, de Medicina Legal. APLAS irá debruçar-se sobre os principais aspectos de gestão e avaliação de saúde. "São conteúdos necessários à formação crítica", observou.

Será justamente a disciplina de Medicina Legal - que terá lugar no terceiro ano - a primeira do curso a ser ofertada no modelo de Ensino a Distância (EaD). De acordo com a professora, a novidade representa um avanço do curso em relação às novas metodologias de ensino-aprendizagem preconizadas pelo Ministério da Educação (MEC). "A presença dessa disciplina no currículo é essencial, pois ensina aos futuros médicos seus direitos e deveres, a ética médica e princípios éticos e morais, nortes essenciais para o correto exercício profissional", disse, destacando, ainda, que o conteúdo contempla, também, o aprendizado sobre os documentos médico-legais e a aquisição de competência para, por exemplo, preencher corretamente uma declaração de óbito.

Uma das mudanças mais significativas diz respeito ao Internato (quinto e sexto anos), com a inclusão dos novos estágios previstos pelas novas diretrizes e respectivas porcentagens de tempo a cada etapa. Nos dois últimos anos do curso, o estudante passa por essa etapa de atividades prioritariamente práticas, que corresponde ao estágio curricular. Nessa perspectiva, ganham espaço novos estágios - na área de Medicina Intensiva, em estágio separado dos demais -, na área de Saúde Mental - que ganhará um núcleo clínico organizado -, na Urgência e Emergência - com maior imersão do acadêmico nesse universo - e na Estratégia em Saúde da Família, com aumento de sua contribuição à conquista do perfil de egresso do curso. Dividido em Internato I e II, o Internato em Medicina será contínuo e rotatório.

Dentro do âmbito da saúde coletiva, haverá a implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), em convênio com o município. Criado pelo Ministério da Saúde, o NASF tem o objetivo de apoiar a inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços, além de ampliar a abrangência, o escopo e a resolutividade das ações da Atenção Básica, em ação transdisciplinar. Segundo a professora Luiza, a proposta da UCPel em parceria com a gestão municipal é de que o NASF integre as Equipes de Saúde da Família. Além das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da UCPel, haverá ampliação do convênio para atuação nas Unidades dos bairros Getúlio Vargas e Sanga Funda, com perspectiva para novas UBSs em breve. Para a coordenadora, trata-se de um novo modelo de assistência à saúde na comunidade.

Mais novidades
As tutorias multidisciplinares, a partir do primeiro ano do curso, em 2016, terão a participação de acadêmicos e professores dos cursos do Centro de Ciências da Vida e da Saúde (CCVS) da UCPel, mesclados e em sintonia para a discussão e avaliação dos processos segundo o eixo integrador de desenvolvimento curricular do curso: necessidades de saúde das pessoas e populações. 

As transformações também incluem o estímulo para que todas as disciplinas, independentemente do ano, incluam em suas metodologias de ensino e referências bibliográficas para seminários e discussões de casos textos em inglês. A intenção é trabalhar a língua estrangeira e fomentar que o acadêmico também seja responsável por essa competência. "Isso é importante para que o futuro profissional possa estar em discussão com colegas de outros países e mais próximo de novas tecnologias", exemplificou.

A professora mencionou, ainda, o projeto PET-Saúde GraduaSUS, que incluirá atividades integradas e interdisciplinares nos currículos dos cursos do CCVS.

De acordo com Luiza, a Medicina da UCPel é um dos poucos cursos do país em que os acadêmicos estão inseridos na rede básica de atendimento desde o primeiro ano, uma das mais fortes exigências de um currículo moderno e conectado às novas diretrizes curriculares. "O curso proporciona a inserção efetiva do estudante na assistência à saúde da comunidade local e regional de forma cada vez mais intensa, fundamentada nas necessidades em saúde e complementada pelas ciências básicas, pelas disciplinas clínicas e pelos internatos. A ideia é o ensino com qualidade, com capacidade transformadora", disse.
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