Desde os 15 anos, o agrônomo, jornalista, escritor e artista plástico autodidata Mario Mattos desenha cenas gaúchas. O nativismo é sua paixão de juventude e de vida. As aquarelas criadas por ele emergem a poética da vida gauchesca. Cavalos crioulos, o peão e a querência são os destaques da obra de Mattos, que ficam em exposição de 1º a 15 de agosto na Galeria de Arte da Universidade Católica de Pelotas (UCPel).
Ainda adolescente, o artista tomou contato com as ilustrações nas paredes e nos livros da sede da Associação dos Criadores de Cavalo Crioulo. A partir daí, segundo ele, abandonou as histórias em quadrinhos e encontrou a própria identidade cultural. “E não se trata de um bitolamento ou estreiteza cultural, como querem alguns críticos da chamada arte contemporânea. Minha arte combina o real, o imaginário e o simbólico – os três elementos inseparáveis, segundo Jacques Lacan, para chegar-se a uma meta-psicologia, também na expressão estética”, diz.
Morando em São Paulo, Mario Mattos continua pintando, faz cursos, recebe orientações de Carlos Scliar, no Rio de Janeiro, e Danúbio Gonçalves, em Porto Alegre, dentre outros nomes. Na capital paulista, participa da fundação da Associação Profissional dos Artistas Plásticos. Realiza, após, diversas exposições de renome, inclusive com incentivo de Barbosa Lessa.
Tem em sua trajetória mostras realizadas entre São Paulo, Porto Alegre, Sorocaba, Bagé, Alegrete, Pelotas e Rio Grande. Publicou ilustrações na Revista Literária Província de São Pedro, sobre o poemeto Antônio Chimango – Editora Globo de Porto Alegre, recebeu Medalha de Bronze no 1º Salão Sorocabano, participou da edição da série de seis serigrafias divulgadas em todo o Rio Grande do Sul e São Paulo, e foi citado no Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul, de Renato Rosa e Décio Presser.
A Galeria de Arte da Católica funciona das 8h às 22h, no Campus I (Rua Gonçalves Chaves, 373). A entrada é franca.

