A comunidade pelotense terá a oportunidade de conhecer a história de Dom Antônio Zattera através de um espetáculo organizado pelo Instituto de Menores (IMDAZ). O evento, realizado na terça-feira (26), a partir das 19h, marca os 120 anos do patrono da instituição, que levará para o palco do Theatro Guarany música, dança e teatro.

As crianças e jovens atendidos pelo Instituto representarão todas as fases da vida de seu fundador, que também é responsável pela criação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel). A homenagem será dividida em atos. Os atores mostrarão, com dança e teatro, a chegada da família de Dom Antônio ao Rio Grande do Sul, a juventude do bispo e os feitos da fase adulta. “Ele era diferente, gostava muito de futebol e automobilismo, por exemplo, e tudo isso será contemplado no espetáculo”, conta a diretora da instituição, Patrícia Frank.

Para abrir o evento, a banda da IMDAZ tocará sete músicas. A apresentação também será uma forma de homenagear o bispo, que gostava muito de música e fazia questão que o Instituto tivesse uma banda. Recentemente, a casa conseguiu resgatar esse sonho de Dom Antônio e fundou a banda Notas de Esperança. “Ele foi uma figura emblemática para Pelotas e região. Queremos destacar todas as obras dele que permanecem vivas até hoje, como a Universidade, o Instituto e o Hospital Universitário”, conta a diretora.

Além de marcar os 120 anos do bispo, o espetáculo busca mostrar para a comunidade pelotense o trabalho realizado no Instituto de Menores. A partir do evento, Patrícia espera mobilizar as pessoas a ajudarem a Instituição, que atende atualmente 200 crianças e adolescentes. “O espetáculo não tem o objetivo de arrecadar fundos para o Instituto, mas divulgar o que fazemos e, quem sabe, conseguir novos apoiadores”, explica ela.

Os ingressos, comercializados a R$ 10, podem ser adquiridos na sede do IMDAZ, situada na Av. Domingos de Almeida, 3150. O valor será destinado para pagar parte do espetáculo, já que a ideia principal é possibilitar a participação da comunidade vendendo o ingresso por um preço acessível.

Saiba mais sobre IMDAZ

Fundado em 1924, o Instituto de Menores Dom Antônio Zattera atende crianças e adolescentes com idades entre 6 e 17 anos, oriundas da rede pública de ensino e de famílias de baixa renda. Além de alimentação e cuidados com higiene, o Instituto oferece, no turno inverso da escola regular, aulas de espanhol, inglês, música, informática, dança, futebol e artes marciais. Reforço escolar, acompanhamento nutricional e orientação educacional e religiosa também são realizados no local.

Para 2020, a projeção é ampliar os atendimentos, alcançando crianças de 4 a 6 anos. Com isso, conforme explica a diretora, o Instituto passará a atender cerca de 300 crianças e adolescentes. Outro plano para o próximo ano é reforçar o auxílio oferecido aos pais, que já recebem cursos e capacitações. Segundo Patrícia, a ideia é montar para esses familiares uma pequena fábrica de pães e uma loja de artesanato para que eles possam vender os produtos que fabricam e ter uma fonte de renda. “Mas para conseguirmos realizar tudo isso, precisamos de verba. E com o espetáculo queremos mostrar que temos um trabalho que ultrapassa as portas da casa”, pontua a diretora.

Pensando nos jovens que estão saindo do Instituto, a direção do espaço ainda firmará uma parceria com o programa Start, desenvolvido pela Prefeitura de Pelotas. A proposta do projeto é auxiliar jovens, a partir dos 14 anos, a conseguirem o primeiro emprego. Para isso, eles participarão de oficinas sobre empreendedorismo, liderança, comunicação, produção de currículos e preparação para entrevistas de emprego. A ação conta com o apoio do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE).

Como ajudar?

O Instituto aceita doações de mantimentos, brinquedos, roupas, mobiliários e demais itens que possam colaborar com o trabalho desenvolvido no espaço. Além disso, é possível contribuir através do projeto Notas de Esperança. Com ele, as pessoas podem definir a quantia e a data de vencimento e a Instituição emitirá 12 boletos conforme os dados fornecidos.

A diretora do IMDZA lembra que não tem uma quantia mínima e qualquer valor é importante para o desenvolvimento das ações. “A vantagem desses boletos é que conseguimos fazer uma projeção dos recursos e, dessa forma, organizar melhor a execução das atividades”, explica Patrícia. O IMDZA também aceita voluntários que queiram atuar diretamente com as crianças. Atualmente, o espaço conta com cerca de 10 pessoas que trabalham dessa forma.

Redação: Manuelle Motta