A Universidade Católica de Pelotas (UCPel) planeja e articula com a Prefeitura Municipal de Pelotas a instalação do novo Centro de Atendimento a Síndromes Gripais. Voltado exclusivamente a pacientes infectados pelo novo coronavírus, o espaço está sendo criado onde anteriormente funcionaria a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Avenida Bento Gonçalves. Cerca de 30 novos leitos adultos e 15 pediátricos estarão disponíveis.  

A triagem dos pacientes será realizada ainda na área externa do prédio, onde será instalado um contêiner para o acolhimento. Pacientes com sintomas respiratórios graves ou acometidos por síndromes gripais serão internados no local. Aqueles que tiverem sintomas leves serão encaminhados para a Rede Básica de Saúde e posterior isolamento domiciliar.

Gestores dos sete hospitais da cidade, Pronto Socorro e Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estiveram reunidos nesta segunda-feira (6) para planejar a operacionalização do serviço que deve iniciar na próxima semana. “Estamos atuando em parceria na estruturação deste espaço fundamental para a população local. Profissionais da nossa equipe serão cedidos para atuar no enfrentamento do novo coronavírus”, informa o diretor de assistência do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), Edevar Rodrigues Machado Junior.

Uma comissão deverá ser criada para gerir a escala conjunta de profissionais que irão trabalhar nas redes pública e privada durante a pandemia, evitando que haja fluxo cruzado dos trabalhadores. “Os profissionais que atuarem em área contaminada somente poderão retomar o atendimento a pacientes gerais depois da realização de testes rápidos, o que possibilitará o monitoramento ágil das equipes”, explica o diretor.

As equipes médicas, de enfermagem e servidores da área administrativa serão convocados ainda nesta semana para compor a escala do Centro de Atendimento a Síndromes Gripais. O local está em fase de instalação de equipamentos e mobiliários e deverá ser aberto ao público na próxima semana.

O HUSFP/UCPel será, neste primeiro momento, retaguarda para as demais internações e intercorrências de saúde dos pacientes da região. “Qualitativa e quantitativamente as patologias propícias do inverno devem acometer muitas pessoas, como em todos os anos. Estamos preparados para salvaguardar as demais parcelas do sistema assistencial, pois existem muitos outros pacientes não contaminados que precisam ser preservados dessa exposição”, reforça Edevar.

Redação: Mariana Santos