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Grupo de Fisioterapia para parkinsonianos retoma as atividades
04.04.2014 | 17:45 | #fisioterapia
Grupo de Fisioterapia para parkinsonianos retoma as atividades
É por volta dos 50 anos que os primeiros sintomas do Parkinson costumam aparecer. A doença neurológica responsável por afetar os movimentos não tem cura, mas deve ser sempre tratada para minimizar sintomas e retardar o seu progresso. Na Universidade Católica de Pelotas (UCPel), através do curso de Fisioterapia, acadêmicos têm a possibilidade de atuar em um projeto de extensão voltado para parkinsonianos, que existe desde 2008 para auxiliar a superar as dificuldades motoras que acometem os portadores da doença.  

Além do trabalho, que objetiva melhorar as condições musculares através de exercícios de alongamento e fortalecimento, o grupo também é um espaço de vivência que proporciona melhora emocional, fundamental para recuperar a autoestima e a socialização desses pacientes, que ficam muito abalados ao descobrir a doença. “No atendimento coletivo proporcionado pelo projeto, o principal objetivo é contribuir para um melhor convívio dos parkinsonianos, pois aqui eles encontram pessoas com as mesmas dificuldades”, explica a coordenadora do projeto, professora Estefânia Moraes. 
Nos encontros, que ocorrem duas vezes por semana, atividades como alongamento com música, dança chamada sênior (pensada para idosos, onde sentados eles desenvolvem movimentos para fortalecimento de braços, pernas e tronco), exercícios com bola, bambolê e cones em forma de circuito são desenvolvidas, para promover equilíbrio, coordenação motora, além de também contribuir para melhora da marcha (caminhada). 

Para a dona de casa Maria Elisabete Canabarro, 59 anos, que participa do grupo desde o primeiro ano, a melhora física foi percebida em seguida do início dos exercícios. “Quando cheguei aqui quase não sentia força no braço e através das atividades realizadas melhorei bastante”, conta. Logo após a descoberta do Parkinson, Maria Elizabete ficou depressiva e foi com a auxílio de acadêmicos atuantes no projeto e colegas que conseguiu recuperar sua autoestima.     

Força para retornar ao convívio também foi apontada pelo aposentado Waldir Brauner, de 75 anos, como um dos benefícios dos encontros. “Logo que descobri a doença fiquei muito perturbado e passei a me isolar. A participação no projeto da UCPel me ajudou a retornar a minha rotina”, lembra. O aposentado também destacou que desde que iniciou a fisioterapia percebeu melhora em suas contrações musculares.

Atualmente participam do grupo cerca de 25 pessoas. O projeto de extensão da UCPel conta com a parceria da Associação Pelotense de Parkinson (APP), responsável por encaminhar os interessados aos encontros, que ocorrem nas quartas-feiras às 14h30min e nas sextas-feiras, às 10h, no Campus da Saúde Dr. Franklin Olivé Leite (Avenida Fernando Osório, 1.586).  

Atuação ainda na academia 
Para os 15 acadêmicos do curso de Fisioterapia envolvidos no projeto, a atuação junto aos parkinsonianos é a oportunidade de aprender a lidar com os pacientes de forma mais técnica, conta a coordenadora do grupo. “Começa a existir o contato direto, onde eles podem aprender que cada paciente tem personalidade e limitações diferentes”, diz.  

Para a nova bolsista do projeto, acadêmica Fernanda Prieto, de 22 anos, o grupo foi bem receptivo a todas as atividades propostas, o que facilitou o primeiro contato. “Para mim essa experiência será importante, visto que tenho interesse na área neurológica”, explica. 

O grupo voltou às atividades na última quarta-feira (02), onde ocorreu a apresentação dos novos acadêmicos responsáveis pela orientação das atividades no primeiro semestre. 

Para lembrar 
Nesta sexta-feira (04) é lembrado o Dia Nacional do Parkinsoniano, uma homenagem às pessoas que sofrem de Mal de Parkinson. A data marca o início da campanha de conscientização que vai até 11 de abril, quando se celebra o Dia Mundial da Doença de Parkinson.   
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