A crescente prática do futebol feminino no Brasil foi pauta de debate na Universidade Católica de Pelotas (UCPel) nessa sexta-feira (16). Com o tema “Estágio e perspectivas para o futebol feminino” o evento reuniu estudantes de jornalismo, educação física, esportistas do Esporte Clube Pelotas e de outros clubes da região sul. Focados no fomento do desporto e na busca de uma nova visão para ele, nomes nacionais e locais, identificados com o assunto, debateram a questão, possibilitando um panorama das diferentes realidades do espaço futebolístico.
Promovido pela parceria da TV UCPel com o Departamento de Futebol Feminino do Esporte Clube Pelotas/Phoenix, o objetivo do encontro foi a divulgação e maiores esclarecimentos das questões que cercam o futebol feminino na cidade em todo o Brasil. “Pelotas é vista hoje como uma cidade pólo na formação de jogadoras. Promover a discussão é de fundamental importância para o seu incentivo”, salienta o organizador do evento e coordenador da TV UCPel, André Lapuente.
O primeiro palestrante da noite foi o professor e pesquisador Jober Teixeira, da Faculdade Cenecista de Osório (FACOS), que discutiu a importância da formação das categorias de base e dos jogos escolares.
Com uma visão geral, os profissionais da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), preparador de goleiras e o preparador físico da Equipe Brasileira Feminina de Futebol, Luis Antonio Castgliaro e Vinícius Munhoz, respectivamente, relataram suas experiências na área e divulgaram os planos futuros da Seleção. “Nossas jogadoras estão bem preparadas para as Olimpíadas deste ano. Estamos realizando diversos amistosos em todo o mundo, possibilitando uma maior vivência para as jogadoras”, afirmou Castgliaro.
No âmbito regional, Carlos Alberto de Souza, presidente da Liga de Futebol Feminino do Rio Grande do Sul, propor-se a apresentar a função oficial do órgão. Trazer propostas e propor objetivos para o trabalho foi a tônica de sua apresentação.
As jornalistas produtoras do RBS Esporte, Eduarda Streb e Elisabete Fernandes, trouxeram a sua contribuição. Aspectos como o preconceito no esporte e a contribuição da mídia para a quebra desse paradigma foi o foco da explanação.
A visão do público
A atleta do Esporte Clube Pelotas, Eduarda Moreira, 17 anos, avalia a realização do evento como muito positiva. “Seminários como esses são muito importantes para o futebol feminino de Pelotas. Dão mais visibilidade para o esporte”, diz Eduarda, que já recebeu convites para jogar em clubes fora do Brasil.
Vindo da cidade de Livramento, Juliano Dalmolin, presidente do Esporte Clube 14 de julho, concorda que eventos como esses são necessários para o melhor entendimento do público sobre a atividade. “Hoje em dia, ser jogadora de futebol já é considerada profissão”, afirma.
A realização
O encontro contou com a parceria da Rádio Universidade e com acadêmicos de Comunicação Social da UCPel, integrando o projeto experimental dos alunos Edson Luis, Michelle Ceia e César Soares.