O curso de Fisioterapia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e o time de Futsal da Instituição formam uma parceria vencedora desde 2005, tanto no que diz respeito à equipe quanto na formação de profissionais. A intenção é trazer benefícios a ambos. Enquanto os alunos do curso aprendem na prática os desafios da profissão, os atletas têm um acompanhamento de qualidade no dia a dia do esporte.
O projeto UCPel Esporte foi idealizado em 2000, quando a Universidade completou 40 anos. Mas, as competições em âmbito estadual só vieram em 2004. A atuação da Fisioterapia no Futsal, então, iniciou praticamente ao mesmo tempo em que o próprio time.
Para o coordenador da equipe, Jorge Moro, essa integração é importante porque demonstra uma preocupação da Universidade em preservar seus atletas. “Evitar lesões é fundamental”, disse. Ele também acredita que o projeto estimulou os clubes locais a oferecer esse tipo de oportunidade a estudantes e profissionais. “Penso que tivemos influência nessa atividade mais permanente”, completou.
Atuação
Basicamente, a atuação da fisioterapia no esporte é de preparar e orientar os atletas na prevenção de lesões. Caso elas ocorram, prestar atendimento e primeiros-socorros a fim de minimizar qualquer dano e, posteriormente, realizar um acompanhamento de reabilitação. Em Pelotas, o acompanhamento é feito na Clínica da Universidade, espaço hoje com o maior centro de hidroterapia da cidade.
Em mercados como os de um grande clube de futebol, por exemplo, o custo para manter um atleta lesionado é alto. Investir em Fisioterapia economiza gastos, além de recompor o atleta em menor tempo. Na UCPel, a realidade é a mesma e a prevenção ocorre diariamente, com atendimentos nos treinos e nos intervalos de jogos, para aliviar a dor e minimizar os impactos das partidas.
O professor do curso de Fisioterapia, Flaviano Moreira, conta que em reta final de campeonato já chegou a ter cerca de 10 atletas em atendimento, ao mesmo tempo. Mas esse tipo de desafio não o distanciou do trabalho, pelo contrário. Atletas tornaram-se amigos e a conquista do time virou conquista pessoal. “Quando o time ganha é uma felicidade e quando perde a gente sai chorando junto”, finalizou.