Na tarde de quarta-feira (02) alunas do curso de Fisioterapia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) que estão engajadas no grupo de Fisioterapia para Parkinsonianos se despediram de seus pacientes neste semestre com uma festa junina. Na oportunidade, acadêmicas e pacientes dançaram quadrilha, buscando promover a socialização entre eles e também para estimular os movimentos do corpo através da música.
O grupo de parkinsonianos existe desde 2008, quando foi criado pela então presidente – atual vice-presidente – da Associação de Parkinsonianos de Pelotas, Ziloah Ferreira. Desde o ano passado se tornou Projeto de Extensão da UCPel, no qual são realizadas, pelos alunos do curso de Fisioterapia, diversas atividades. Duas vezes por semana – quartas e sextas-feiras – uma aluna bolsista e duas voluntárias se dirigem ao Campus da Saúde Dr. Franklin Olivé Leite para, através de oficinas, atividades e exercícios físicos, adiarem os sintomas da doença. Existem diversos tipos de Parkinson. Alguns afloram sintomas muito rápidos e outros mais demorados, e com as atividades físicas, o aparecimento dos sintomas é adiado.
De acordo com a coordenadora do projeto, professora Estefânia Moraes, o foco principal é a socialização entre eles, porque os parkinsonianos têm tendência a se isolar. No momento em que têm o diagnóstico da doença, podem se sentir constrangidos ou depressivos. Então, de acordo com ela, é importante terem uma atividade fora de casa. "Nada melhor do que este grupo, onde todos têm a mesma doença, cada um com suas dificuldades e limitações, mas que juntos conseguem superar”, disse.
A festa foi um momento de confraternização do grupo, que ocorre sempre em todos os finais de semestre. Neste ano, as alunas prepararam uma festa junina, com lanches típicos e atividades programadas, porém descontraídas, para que seus pacientes pudessem relaxar o corpo e liberar os movimentos.
De acordo com a coordenadora, com a dança eles movimentam os membros inferiores e superiores contribuindo para a não-rigidez do corpo, além de que a música faz com que dancem no mesmo compasso, estimulando a sintonia entre eles.
Para Waldyr Augusto Brauner, integrante do grupo, a participação lhe ajudou muito, principalmente psicologicamente, porque lhe deu estímulo e segurança para se relacionar com outras pessoas. “Eu estava me afastando das pessoas por vergonha do Parkinson. No grupo eu encontrei novos amigos que me ajudaram a perder esse medo. É um novo grupo de amigos, onde eu me sinto à vontade, com pessoas que me apoiam e me ajudam a me desinibir”, contou.
Os participantes das oficinas são encaminhados através da Associação de Parkinsonianos. Para participar é necessário procurar a Associação.
Festa Junina Infantil
Na manhã de terça-feira (1º) foi realizada a Festa Junina Infantil, destinada às crianças que são atendidas pelos alunos de Fisioterapia na disciplina de Estágio II. A proposta era integrar pais, mães e crianças em um ambiente descontraído. As crianças se divertiram com piscina de bolinhas, cama elástica, pescaria e alvo na boca do palhaço, atividades que foram cuidadosamente desenvolvidas pelos alunos para promover a interação e descontração das crianças.
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