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Extensão que transforma: UCPel reforça seu papel social no Dia da Caridade
19.07.2025 | 10:10
Extensão que transforma: UCPel reforça seu papel social no Dia da Caridade

Neste dia 19 de julho é celebrado o Dia Nacional da Caridade. Por meio de projetos de extensão e propostas para o bem-estar da comunidade, a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) reforça a sua atuação. Por ser uma instituição filantrópica, a universidade tem como missão promover a justiça social e o bem comum.

Prestes a completar 65 anos, a UCPel vem transformando vidas, em parceria com órgãos e instituições que fazem a diferença na vida das pessoas mais necessitadas. Dentro da universidade são produzidos 70 de projetos de extensão, o que beneficia diretamente as pessoas que mais precisam de suporte de saúde, de moradia, de auxílio jurídico, entre outros.

O reitor José Carlos Pereira Bachettini Júnior celebra o Dia da Caridade, reforçando o objetivo da fundação da UCPel: servir aos cidadãos e à sociedade. “A Caridade é considerada a maior das virtudes cristãs e é através dela que os fiéis expressam seu amor a Deus e ao próximo - um caminho de ações concretas e prestativas. Ser caridoso é gerar o vínculo da partilha e da comunhão, tão exaltada pelo Papa Francisco”, afirmou o reitor.

Transformação direta na formação

A UCPel tem como objetivo a formação cidadã, ou seja, formação de seres humanos capazes de contribuir para a transformação social e o bem comum, com verdade, justiça, liberdade, solidariedade, ética e promoção da vida - alguns dos valores da universidade.

A pró-reitora Acadêmica da UCPel, Moema Chatkin, entende que a extensão universitária é o caminho para um ensino voltado à cidadania. “Trabalhamos o ensino, a pesquisa e a extensão de forma interligada e nos orgulhamos em dizer que a extensão universitária está no DNA da UCPel, pois ela está presente em todas as ações. Assim, proporcionamos o diálogo com a comunidade, em um ‘intercâmbio’ de conhecimento”, celebrou a pró-reitora.

Saúde para todos

Vários cursos têm projetos importantes de apoio à comunidade. A área da saúde é exemplo. Além Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), que atende cerca de 150 mil pessoas por ano - conforme levantamento de 2024 -, a UCPel administra seis Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município: Pestano, Fátima, Py Crespo, União de Bairros, Areal e Sanga Funda. Em todas as unidades, foram registrados, no último ano, mais de 272 mil atendimentos 100% SUS. As atividades envolvem os alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Odontologia e Fisioterapia.

Com o objetivo de levar saúde de forma integral para as pessoas em situação de rua, o projeto Médicos na Rua atua, desde 2021, diretamente com a população de rua. São realizados atendimentos clínicos e exames físicos em cada paciente.

 

Atendimento jurídico a quem mais precisa

Criado em 2021, o projeto Balcão do Consumidor, do curso de Direito, beneficia diretamente a população. A ação disponibiliza atendimento presencial gratuito para pessoas superendividadas ou que buscam seus direitos enquanto consumidores.

Ainda no mesmo viés, o projeto Direito na Rua, um dos mais antigos do curso de Direito, tem como objetivo prestar assessoria jurídica às comunidades dos diversos bairros de Pelotas e dos municípios atendidos pela Comarca de Pelotas. Este projeto foi premiado com medalha de prata na categoria Responsabilidade Social no Prêmio Nacional de Gestão Educacional (PNGE) de 2025.

Outro serviço oferecido é o atendimento para dúvidas da população referente à saúde - ou seja, de como, por exemplo, solicitar judicialmente um medicamento ou solicitar prioridade na fila de uma cirurgia. Este é o objetivo do programa Pacientes Jurídicos.

O projeto Asas à Leitura atua diretamente na área do sistema prisional. A iniciativa consiste em oficinas mensais com monitorados eletrônicos do Instituto Penal de Monitoramento Eletrônico da 5ª Região Penitenciária. O foco é promover a leitura entre pessoas em regime semiaberto. Os participantes leem obras literárias e produzem relatórios sobre o conteúdo lido. A cada atividade realizada, o apenado tem direito à redução de quatro dias na pena.

Em todos os projetos do curso, já foram atendidas mais de 2,3 mil pessoas. Cerca de 80 alunos participam ativamente, fazendo com que o aprendizado cidadão esteja no dia a dia da formação acadêmica.

Para a professora Ana Paula Dittgen, coordenadora do projeto Direito na Rua, é importante para a formação e promoção da justiça: “cada projeto atende uma parcela da população, com cada demanda específica. Eles sempre são pensados para promover a justiça e o acesso da comunidade aos seus direitos, formando profissionais mais preparados para o mercado de trabalho”, comentou a docente.

“É uma experiência muito além do que se vê. Além de sabermos como oralizar, de como conversar com a população, estamos ajudando, de fato, essas pessoas para que elas saibam os seus direitos”, expressou Samira Kohn, acadêmica de Direito que atua desde o início da graduação no projeto Pacientes Jurídicos, na equipe que atua ajudando pessoas a conhecerem seus direitos na saúde.

Além destes projetos, o curso de Direito conta com mais projetos de atendimento ao público: Clínica de Atendimento a Imigrantes e Refugiados, Núcleo de Participação Popular, Direito Trabalhista e Previdenciário e de Políticas Penitenciárias.

Outros projetos

O curso de Arquitetura e Urbanismo desenvolve ações importantes para a comunidade. Em 2017, os acadêmicos projetaram casas para 16 famílias da Aldeia Indígena Kaingang Gyró, na Cascata, 5º distrito de Pelotas.

Além deste, o curso de Arquitetura e Urbanismo desenvolve projetos de Regularização Fundiária, como foi o caso da Vila Daer, em Rio Grande. Foram regularizados 77 lotes e uma praça. Desde 2023, acadêmicos e docentes atuam no local. Além desta localidade, a comunidade de Vila Maria, no Capão do Leão, também foi beneficiada.

Gabriela Kazanowski, acadêmica do curso, citou a importância da profissão na vida das pessoas: “Como estudante, essas ações fazem com que enxerguemos o quanto esse trabalho transforma vidas”, celebrou

 

Gabriela Barwald Ferraz, estudante de Arquitetura e Urbanismo que também fez parte do projeto da Vila Daer, citou uma lembrança que marcou sua vida: “uma das imagens que ainda passam na minha cabeça é a das crianças se divertindo, brincando nas ruas. Penso que com a regularização o espaço será ainda mais seguro e adequado para cada uma delas”, afirmou.

A clínica de psicologia da UCPel, promovida por alunos do curso de Psicologia, realiza atendimentos gratuitos para 4,4 mil pacientes por ano - conforme dados de 2024. As consultas destinam-se à população em geral, incluindo crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Outros cursos, como Fisioterapia, Serviço Social, Pedagogia e Estética, por exemplo, desenvolvem tantas atividades para o bem estar e proteção da comunidade de Pelotas e região.

UCPel Solidária

O projeto UCPel Solidária é uma iniciativa com o objetivo de arrecadar donativos para comunidades em situação de extrema vulnerabilidade socioeconômica. Em 2025, o foco é a coleta de leite para o Instituto de Menores Dom Antônio Zattera (IMDAZ). As doações podem ser feitas no próprio IMDAZ, na avenida Domingos de Almeida, 3.150, ou no Campus I da UCPel, rua Gonçalves Chaves, 373.

Paralelamente, ocorre a campanha do agasalho. Em 2024, todo o material arrecadado — alimentos, agasalhos, produtos de higiene e limpeza, água, cobertores e colchões — foi destinado às regiões atingidas pelas enchentes que afetaram o Estado.

Uma das missões da UCPel desde sua concepção é ajudar quem mais necessita. As ações seguem como um símbolo da atuação solidária da comunidade acadêmica da universidade.

 

Redação: Lucas Pereira

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