As abordagens educacionais utilizadas através das tecnologias no ensino a distância (EAD) foram tema de encontro entre coordenadores de cursos da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), que participaram, via videoconferência, de palestra ministrada pela professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Rose Mary de Carvalho. A palestrante falou sobre as experiências e impressões da implantação da EAD realizadas pela PUC Goiás a partir do ano de 2004.
A atividade também contou com a participação do reitor da UCPel, José Carlos Bachettini Júnior, e dos pró-reitores, Patrícia Haertel Giusti e Eduardo Luís Insaurriaga do Santos. A palestrante iniciou seu relato falando sobre as dificuldades enfrentadas na implantação da rede de EAD, como a necessidade de desenvolver a cultura de utilização dos recursos tecnológicos, ajustar à metodologia e buscar a qualidade, que, segundo ela, deve sempre ser perseguida.
Sobre a expansão de cursos em EAD, a professora dividiu com os coordenadores de cursos da UCPel a experiência positiva que foi ofertar até 20% das disciplinas dos cursos de graduação da PUC através do sistema semipresencial. “Também oferecemos cursos de extensão gratuitos, cursos de apoio ao aluno sobre diversas temáticas e ainda produzimos material multimídia para as disciplinas de difícil entendimento, acessível tanto para alunos da EAD como para os presenciais”, citou.
A PUC também realiza pesquisas sobre os processos de aprendizagem e ensino através da tecnologia entre outros temas. “A partir do entendimento que se tem da tecnologia é possível pensar a metodologia como uso educacional”, avaliou Rose Mary, atentando para a importância do papel do professor para a mediação bem sucedida do processo de ensino-aprendizagem. “O professor precisa conhecer o recurso, mas o mais importante ainda é a metodologia de condução da disciplina”, disse.
Para a palestrante, é importante a EAD estar contemplada dentro do planejamento de uma instituição de ensino, visto o crescimento que a área vem tendo no Brasil. “Em 2011 eram quase um milhão de estudantes matriculados em cursos de graduação a distância no Brasil. Existem diversas pesquisas indicando que o crescimento da área não interfere no ensino presencial porque o público é bem diferente”, informou.
Avaliação
A professora ainda citou a boa avaliação que os cursos de EAD vêm recebendo do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) o que, segundo ela, traz reconhecimento e confiança. “Nosso curso a distância de Licenciatura em Física recebeu a mesma nota do MEC que o presencial, o que auxiliou o corpo docente a identificar que a EAD pode ter a qualidade do presencial”.
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