A ex-docente do curso de Design de Moda da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Francys Saleh, com atuação entre os anos de 2014 e 2020, participa de imersão de inteligência artificial no Vale do Silício, Califórnia, para aprimorar técnicas criativas iniciadas no período em que ministrava as aulas na universidade, nos projetos integradores, trabalhos em que os alunos projetavam coleções de moda.
A técnica desenvolvida, se baseia na criação por meio da extração de elementos a partir de um sentido (sinestesia), se desprendendo de uma metodologia, e permitindo que o aluno consiga se inspirar onde se sentir criativo. A iniciativa de adaptar a técnica era incomum na área da moda. “Alguns alunos tinham dificuldades específicas na hora da criação, isto porque existe uma metodologia que é ensinada em sala de aula, e que às vezes, não se adaptava a eles”, explica.
A metodologia implica na criação autoral e do zero, de um jeito que seja mais confortável para o aluno. A professora explica mais sobre a importância da temática.
“A indústria da moda é muito técnica, então, não existe esse cuidado com criação. Esse olhar de design de moda, de criar algo, não existe. E também vem muito da nossa cultura de cópia”, diz.
A imersão em inteligência artificial é um novo desafio para a implementação da técnica, segundo a professora, que busca a implementação da ferramenta no Brasil. “Já é uma realidade que está tudo já formatado em softwares, temos softwares para tudo na indústria, neste sentido, é coerente queremos aplicar a IA na técnica”, completa.
Redação: Lucia Ippolito