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Estudo da UCPel discute a relação entre maternidade e internet
01.06.2015 | 18:47 | #psicologia
Estudo da UCPel discute a relação entre maternidade e internet
Como as mães de primeira viagem utilizam a internet no último período de gestação e primeiras semanas de vida do bebê? A questão norteou um estudo do curso de Psicologia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), que apontou hábitos de duas mulheres recentemente mães no uso do ciberespaço.

As mães participantes da pesquisa, de 29 e 31 anos, tinham, necessariamente, que se considerar internautas regulares, explica a egressa responsável pelo estudo, Rosiani Rossato Battisti. A psicóloga optou também por delimitar o estudo ao estado psicológico denominado de preocupação materna primária - período do final de puerpério e primeiras semanas depois do bebê nascer – em que, geralmente, as mães ficam ensimesmadas e conectadas ao bebê. “Esse conceito foi desenvolvido em 1956. Queria ver a sua aplicabilidade nos dias de hoje, com a internet”, justifica.

As entrevistas realizadas para o estudo mostraram que, mesmo com todos os atrativos e serviços disponíveis na internet, as mães participantes optaram por priorizar o tempo para estreitar a relação com seus bebês. “O uso da internet ocorria apenas em momentos totalmente livres, quando o bebê estava dormindo”, informa. As participantes da pesquisa conseguiram se afastar dos seus trabalhos no oitavo mês de gestação e, até por isso, tiveram oportunidade de diminuir significativamente o ritmo de vida.

De acordo com a egressa, no tempo livre (geralmente quando os bebês estavam dormindo) a internet foi usada principalmente para a realização de compras, pesquisas sobre os períodos de desenvolvimento da criança e pela busca por informações sobre acontecimentos no mundo. “Às vezes elas acessavam a internet para saber o que estava acontecendo no mundo, mas logo em seguida voltavam para a atual situação de vida, conectadas principalmente com o bebê”, diz.   

As redes sociais, ao contrário do esperado, também não tiveram acessos significativos. As primeiras "gracinhas" do bebê foram compartilhadas através de grupos ou até por mensagens in box para amigos e familiares. “As duas mães até postaram nas redes sociais sobre os nascimentos dos primogênitos. Inclusive uma delas comentou que, depois da postagem, não acompanhou as mensagens e curtidas recebidas”, destaca. 

Para obter os dados, Rosiani optou pela pesquisa fenomenológica hermenêutica de abordagem qualitativa, composta por três entrevistas de cerca de 50 minutos realizadas com cada participante individualmente. As entrevistas tiveram foco em quatro níveis de interação: relação da mãe com seu bebê, relação da mãe com ela mesma, relação da mãe com terceiros e relação da mãe com a sociedade. 

Segundo a psicóloga, nas primeiras semanas, quando é importante a conexão mental entre os dois e a relação olho no olho, as mães estavam totalmente disponíveis. “Esse período é muito bonito, principalmente porque está tudo tão sensível, delicado, à flor da pele, que em momentos como esse é possível resgatar sensações que fazem parte da história da humanidade”, conclui.   

Vestibular
O curso de Psicologia é uma das graduações oferecidas no Vestibular de Inverno da UCPel. As inscrições já estão abertas e o candidato poderá escolher uma entre duas datas disponíveis para realizar a prova: 17 de junho ou 08 de julho. As inscrições poderão ser feitas pelo site do Vestibular.
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