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Estudo da UCPel aponta que ciclistas tendem a desenvolver menos transtornos mentais
08.12.2020 | 10:12 | #psicologia
Estudo da UCPel aponta que ciclistas tendem a desenvolver menos transtornos mentais

“A prática de ciclismo pode prevenir o desenvolvimento de transtornos mentais”, afirma o acadêmico do curso de Psicologia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Felipe Gonçalves. Os dados são oriundos de seu trabalho de conclusão de curso, defendido em novembro e intitulado “Transtornos Mentais Comuns e qualidade de vida relacionada à prática de ciclismo”, com orientação da professora Vera Figueiredo.

Felipe diz que saúde mental e ciclismo sempre foram suas paixões. “Sou fascinado pela capacidade da Psicologia em entender e auxiliar as pessoas rumo a uma melhor qualidade de vida. Também tenho a bicicleta como transporte prioritário, meu esporte no tempo livre e parte importante da minha saúde mental”, conta.

A pesquisa partiu da observação de vidas transformadas pela prática do ciclismo. “Infelizmente, é um tema muito pouco estudado, então tomei a decisão de aprofundar o entendimento sobre as relações da pedalada com a nossa mente”, explica Gonçalves.

 

Cruzamento de dados

Trata-se de um estudo quantitativo que identificou a prevalência de Transtornos Mentais Comuns (TMC) e indicadores de qualidade de vida tanto em ciclistas quanto em não-ciclistas. Os dados foram coletados de 4 a 18 de agosto de 2020, através de formulário on-line, vinculado nas redes sociais e respondido em escala nacional.

Mais de 900 pessoas participaram da pesquisa que questionou a respeito da presença de diversos sintomas, como insônia, fadiga, irritabilidade, dificuldades de concentração, somatizações, sentimentos de inutilidade, transtornos de depressão não-psicótica e ansiedade. “O uso da bicicleta se mostrou associado aos menores índices de TMC, assim como melhores níveis de qualidade de vida”, comenta o acadêmico.

O estudo aponta que a prevalência de Transtornos Mentais Comuns em ciclistas foi quase a metade do encontrado em não-ciclistas, numa proporção de 25% para 43%, respectivamente. “Ambos os resultados foram acima do esperado, e deve ter sido agravado pelo período da coleta, no auge da pandemia”, salienta.

A pesquisa conclui que o uso da bicicleta, tanto como esporte quanto para locomoção urbana, é um fator protetivo à saúde mental, auxiliando na manutenção do bom humor e sendo um fator-chave para uma melhor qualidade de vida.

 

Redação: Max Cirne

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