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Estudo aponta diferenças entre homens e mulheres em relação à depressão
Estudo aponta diferenças entre homens e mulheres em relação à depressão
Em Pelotas, as mulheres de 18 a 24 anos têm duas vezes mais prevalência de depressão quando comparadas aos homens na mesma faixa etária. Um estudo do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento da Universidade Católica de Pelotas (PPGSC/UCPel) apontou que nesse público, as mulheres apresentam 12,2% de prevalência de transtorno depressivo. Nos homens, o índice é de 5,3%. A pesquisa de doutorado de Mariane Lopez Molina estudou as diferenças dos sintomas depressivos entre homens e mulheres, inclusive na forma de tratamento.

Entre os deprimidos, a prevalência de tristeza é de 85,1% das mulheres e 54,3% nos homens. A autocrítica nelas também é mais forte, com 77,2%, quando deles é de 57,1%.

O estudo apontou que as mulheres ligam a depressão com motivos interiores, relacionados a elas mesmas. Os homens, ao contrário, creditam o problema a fatores externos, como clima ou estresse. Esse fenômeno pode estar relacionado a elementos como características hormonais, culturais e sociais. "O homem geralmente é mais resistente, não procura ajuda, e quando procura é por outros problemas de saúde que não a depressão em si", reflete a autora.

O estudo verificou ainda as particularidades relacionadas ao tratamento por Psicoterapia Cognitivo Comportamental - na qual o paciente toma conhecimento sobre o problema, reflete e busca modificar a situação - e Psicoterapia Cognitiva Narrativa, que foca em repensar e ressignificar acontecimentos da vida.

A pesquisa identificou possível impacto do gênero na psicoterapia. Para os homens, por exemplo, a terapia Cognitiva Narrativa foi menos eficaz, e isso pode ser creditado ao fato de que há mais exposição em narrar acontecimentos de vida.

A pesquisa de Mariane, orientada pelo professor Luciano Souza, foi manchete do jornal Zero Hora. Veja aqui a reportagem.
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