Ao longo de sua trajetória, o curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) tem formado profissionais diferenciados para o mercado de trabalho. Prova disso é que os acadêmicos vêm demonstrando uma clara preocupação em desenvolver projetos capazes de contribuir para facilitar o dia a dia das pessoas, empresas e, também, do poder público.
É o que fez o estudante Matheus Dittgen Xavier. Ele utilizou o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para criar o aplicativo Cadê meu Ônibus? – um software com potencial para identificar a localização exata de qualquer um dos carros que compõem a frota do transporte coletivo de Pelotas. “Fiz alguns testes iniciais. É evidente que, no caso de utilizá-lo de forma comercial, seria necessário realizar algumas adequações, mas já foi possível perceber que se trata de um sistema viável”, explica o acadêmico da UCPel.
Cadê meu Ônibus?
O projeto de Matheus envolve duas aplicações para smartphone e uma para web. Conforme explica o estudante, uma das aplicações mobile é programada para transmitir os dados de localização do ônibus e, a outra, para ter acesso a dados sobre os veículos cadastrados no sistema. No caso da aplicação para a internet, a finalidade é fornecer informações às empresas. O procedimento é realizado por meio de um endereço eletrônico, onde constam os dados dos veículos em circulação pela cidade.
“O objetivo é facilitar a vida dos usuários do transporte público. Com o sistema ativo, qualquer pessoa tem a possibilidade de localizar o ônibus desejado de forma rápida e prática”, comemora. Ele evidencia, ainda, que a utilização dos aplicativos também poderia dar mais segurança às empresas de ônibus, já que seria fornecido um monitoramento 24 horas de toda a frota.
Ter acesso ao aplicativo também pode ser muito fácil. Segundo Matheus, os usuários só teriam o trabalho de baixar o aplicativo em seus celulares. “A ideia é bem simples. Utilizando-se de tecnologia GPS, é possível descobrir qual ônibus está mais perto, em que momento ele vai passar em uma determinada estação, qual delas está mais próxima e como se configura a rota de cada um dos veículos cadastrados ao sistema”, exemplifica. Com isso, Matheus diz acreditar estar contribuindo para otimizar o tempo das pessoas, já que, ao acessarem o software, podem se programar melhor antes de rumarem às paradas de ônibus.
Mas os planos do acadêmico da UCPel não param por aí. Ele revela que, se houver interesse e investimento no projeto, torna-se plenamente possível criar uma interface digital com suporte a mais de uma língua, o que contribuiria, também, para o deslocamento de estrangeiros na cidade. O trabalho foi orientado pelo professor Luciano Mertins.