Um equipamento concebido por um acadêmico do curso de Engenharia Eletrônica da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) poderá ajudar a evitar erros na administração de medicamentos em hospitais. O Trabalho de Conclusão de Curso de Lucas Costa busca a prevenção de erros no uso de bombas de infusão - aparelho médico-hospitalar usado para infundir medicações líquidas - utilizando código de barras e identificação por radiofrequência (RFID).
Costa criou um protótipo que, passo a passo, identifica e verifica a prescrição, o paciente, o medicamento, o horário, a via de administração, o profissional responsável e a dose - para, após tudo correto, autorizar o funcionamento automático da bomba de infusão. O processo se dá, por exemplo, com código de barra na pulseira do paciente, nas embalagens e equipos, e pelo crachá do profissional.
O estudante baseou-se nos chamados Nove Direitos da Terapia Medicamentosa, cujas premissas incluem a verificação de todos os itens que o projeto previu e mais motivo e resposta - dois aspectos que estariam na alçada médica. Além disso, a leitura da prescrição e o registro do profissional são complementos da criação de Costa.
Interativo, o protótipo não avança estágios se a identificação não estiver correta. De acordo com Costa, atualmente, no Brasil, toda essa verificação é manual - o que aumenta as chances de erros como trocas de medicamentos e superdosagens.
Entre fundamentação teórica, prototipação e montagem, o acadêmico levou um ano na concepção do projeto. Futuramente, os próximos passos para que o equipamento possa ser utilizado de fato seriam um estudo para escala industrial e, depois, testes devidamente regulamentados em hospitais. "É uma questão de segurança e redução de erros e custos com simplicidade", observa.
A orientação do trabalho foi do professor Sérgio Almeida, com a co-orientação do professor Alexandre Souza.
Veja
aqui um vídeo que demonstra o funcionamento do aparelho.
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