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Egressos do Jornalismo da UCPel são indicados à final do Prêmio Esso
05.11.2013 | 10:56 | #jornalismo
Egressos do Jornalismo da UCPel são indicados à final do Prêmio Esso
Dois egressos do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) estão entre os finalistas do Prêmio Esso 2013 – a mais tradicional e disputada premiação concedida a profissionais da imprensa brasileira. Concorrendo na categoria Regional Sul, os jornalistas Ivan Rodrigues e Joice Bacelo têm algumas características em comum. Além de serem formados pela Católica, ambos, embora jovens, já se destacam profissionalmente.

Dos 35 finalistas que concorrem pela mídia impressa, apenas cinco estão disputando premiação na categoria em que são lembrados os trabalhos com contribuição dos egressos da UCPel. As duas séries de reportagem em destaque foram publicadas pelo jornal Diário Catarinense. 

Ao lado de outros três jornalistas, a repórter Joice Bacelo, formada em 2007 pela Católica, está concorrendo ao prêmio com o conjunto de matérias intitulado Pedágio sob Suspeita. Publicado pelo mesmo periódico, o outro trabalho finalista é A máfia das Cadeias, que conta com a contribuição do jornalista Ivan Rodrigues, formado pela UCPel em 2003. 

Joice Bacelo
Com experiência na TV UCPel, Joice diz ter começado sua trajetória de forma tímida. Ela recorda o incentivo de dois professores durante sua formação acadêmica. Os professores Antônio Heberlê e Jairo Sanguiné foram responsáveis pelos primeiros e últimos passos da jovem jornalista em sua passagem pelo Jornalismo. Ela lembra que, depois de um teste de vídeo, foi incentivada a participar da TV da Universidade, ficando por lá até o final do curso. “Só no último semestre, com a orientação do Jairo, que eu caí nas graças do bom e velho jornalismo: o impresso”, recorda.

Com passagem por jornais como Diário Popular e Zero Hora, atualmente ela atua no Diário Catarinense. Esta é a segunda vez que a egressa da UCPel está sendo indicada ao Prêmio. Em sua passagem pelo primeiro periódico do grupo RBS, Joice já havia experimentado essa sensação. “Estar entre os finalistas significa, no mínimo, que fiz um grande trabalho. É como saciar pelo menos um pouquinho aquela vontade que todo o jornalista tem de mudar o mundo”, comemora.

Ela conta que a série de reportagens Pedágio sob Suspeita exigiu muita determinação. “Fiquei dois meses afastada da pauta do dia, em dedicação exclusiva a esse trabalho”. O empenho, segundo ela, valeu a pena, pois as reportagens revelaram o faturamento abusivo da concessionária que administra a BR-101. 

A partir do trabalho de investigação jornalística, o veículo divulgou que, em cinco anos de contrato, a Autopista Litoral Sul havia faturado quase R$ 800 milhões de forma ilegal ao não executar obras que evitariam congestionamentos na rodovia. “A série mostrou que o mesmo modelo ilícito de atuação se estendia a outras quatro concessões do país”, destaca a egressa da UCPel. 

As reportagens tiveram destaque em emissoras de rádio e TV, obrigando as cinco concessionárias citadas a firmarem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com o compromisso de executar as obras acordadas. 

Ivan Rodrigues
Atuando como repórter do Diário Popular durante oito anos, Ivan ainda teve passagem pela Assessoria de Comunicação e Marketing da UCPel. Em 2008, o egresso do curso de Jornalismo da Católica passou a atuar como editor-chefe do jornal de maior circulação em Pelotas. A exitosa carreira é fruto da sua permanente preocupação em qualificar-se para o mercado de trabalho. Além da formação em Jornalismo, ele possui MBA em Marketing, curso realizado também na UCPel.

Sobre o conjunto de reportagens A máfia das Cadeias, indicado à final do 58° Prêmio Esso, o jornalista conta que, em três meses, como coordenador e editor da série, acompanhou a análise de mais de 4 mil páginas de documentos, interceptações telefônicas, cartas e decisões judiciais. As matérias apresentam revelações inéditas, como o inquérito sobre a atuação do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), que indiciou cem pessoas por ataques terroristas em Santa Catarina. O grupo foi responsável pelas ondas de atentados que aterrorizaram o Estado em novembro de 2012 e fevereiro de 2013.

“As reportagens revelaram como surgiu, há dez anos, a facção formada por traficantes, assaltantes, sequestradores e assassinos. Um poder paralelo que mata, extermina, corrompe, intimida e se prolifera”, explica Ivan. Ele diz que as reportagens constataram a existência do recrutamento de pessoas para o crime. “A estimativa é de que 4 mil pessoas compõem o exército de criminosos - 50% deles presos e outra metade espalhada pelas ruas”, pontua o jornalista.  

Para o egresso da UCPel, estar entre os finalistas do maior prêmio de Jornalismo do país já é uma vitória, independentemente do resultado. “Representa o êxito de um trabalho de investigação sério e perigoso, uma vez que expôs as figuras mais maléficas do crime em Santa Catarina”.

O resultado final do Prêmio Esso de Jornalismo 2013 será conhecido no dia 13 de novembro. Com 58 anos de atividades, o evento é reconhecido em todo o país como a principal menção honrosa na área.
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