Foi com o objetivo de analisar como os professores de Português do Ensino Fundamental trabalham a língua materna que a mestre em Letras pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Alicia Endres Soares desenvolveu sua dissertação no fim de fevereiro. O trabalho “Representações discursivas da atividade do professor de Língua Portuguesa: Uma abordagem dialógica” foi avaliado pelos professores Adail Sobral, da Católica, Rejane Flor, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Maria da Glória Corrêa di Fanti, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS).

“Desenvolvido dentro da linha de pesquisa “Texto, discurso e relações sociais”, o estudo teve seus resultados baseados em visitas a escolas e pesquisa com professores. Com estes instrumentos, investigou-se se o ensino de Português é feito de forma fragmentada, através da divisão em segmentos como redação, gramática, literatura e leitura ou se há esforços de integração. O ensino fragmentado é, segundo a autora, “um ensino sem conexão, em que a realidade heterogênea e viva é desconsiderada”. Com isso, exercícios como a prática da produção de texto acabam em segundo plano.” Verificou-se, por meio de entrevistas, “a maneira como cada professora entende a prática de ensino de LP no atual momento, aliado às condições do meio em que atuam”. Constatou-se, dentre outras reflexões específicas de cada professora pesquisada, que as práticas de ensino de LP discursivizadas nas entrevistas parecem partir do texto como foco de trabalho com os alunos.

 “Representações discursivas da atividade do professor de Língua Portuguesa” foi produzido com base em informações recebidas de professores de duas escolas municipais da periferia e de uma da região central de Pelotas.