A Universidade Católica de Pelotas (UCPel) está marcando presença na primeira edição do Digital Cities – Tecnologia para Cidades e Cidadãos. Desde quarta-feira (16), os camarotes do Teatro Guarany abrigam empresas e instituições de ensino parceiras da iniciativa. Com direito a painéis temáticos, debates e palestras, o espaço reúne estudantes e profissionais da área da tecnologia da informação.
A UCPel se faz presente no evento por meio de uma série de projetos vinculados à Instituição, como o Ponto de Cultura e o Escritório de Desenvolvimento Regional (EDR). Aliando conhecimento científico e modelos de negócio digital, o encontro contribui para aproximar ações empreendedoras de potenciais investidores.
Para a coordenadora dos cursos de informática da UCPel, Fabiane Marroni, que participou do painel responsável por discutir as tecnologias voltadas à educação, é necessário refletir sobre a euforia criada em torno da produção de equipamentos e aplicativos. Ao meditar sobre o uso das novas tecnologias, ela questiona quantas pessoas sabem, de fato, utilizar todas as ferramentas disponíveis no mercado e, além disso, vêem sentido nesse processo.
A docente da UCPel explica que a agitação sobre o novo, por vezes, cega os professores para o seu maior desafio: compreender a diversidade de saberes que compõem o ambiente escolar. “Temos de apostar na formação dos professores e saber respeitar o tempo de aprendizado de cada um para não excluir ninguém desse processo”, diz.
A possibilidade de utilização de novas ferramentas na aplicação do conhecimento científico faz com que os alunos sintam-se à vontade para colocar em prática o saber adquirido em sala de aula. O projeto de Ritiele Moreira, acadêmico do 2° semestre do curso de Engenharia da Computação da UCPel, exemplifica bem essa realidade. Aliando conhecimentos de Robótica, Linguagem C e Kits Arduinos – plataformas de prototipagem eletrônica, projetadas com microcontroladores – ele desenvolveu o protótipo de um carro-robô, que realiza funções de direcionamento e, também, pega objetos. Todas as funções são desempenhadas por meio de um controle remoto.
O projeto de Ritiele divide espaço com outras iniciativas da Universidade que chamam muito a atenção: um software de reconhecimento facial e um ambiente virtual similar ao Second Life. Ambos têm contribuição do professor Luciano Mertins. O primeiro foi desenvolvido sob sua orientação e, o segundo, resulta do seu trabalho de Mestrado. Todos os projetos estão sendo expostos no Digital Cities. O encontro encerra-se nesta sexta-feira (18).
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