O Ensino a Distância (EAD) também encontra formas interativas para aproximar alunos e professores junto às demandas da graduação. Nesta modalidade, o curso de Letras da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) desenvolveu dois projetos: diretório acadêmico (DA) e o grupo de estudos “Letras pra que te quero?”.
A proposta surgiu a partir de anseios dos próprios estudantes, mobilizados pelas discussões durante aulas que abordavam a respeito do protagonismo do acadêmico na universidade. Logo após a criação, o DA promoveu lives sobre educação em tempos de pandemia.
Entre as pautas elencadas, os estudantes destacam a formação do profissional de Letras, sua invisibilidade social e até mesmo a desmistificação de rótulos como “mestre da gramática normativa”. Segundo o professor Jeferson Schneider, os alunos também perceberam a dificuldade da valorização da educação no país.
Nomeado “Letras pra que te quero?”, o grupo de estudos questiona o porquê do atual baixo interesse pelo curso e, também, pela ausência de canais de comunicação que exponham o que é ser um profissional de Letras. “A partir de discussão e pesquisa, a turma percebeu que poderia fazer desses questionamentos um catalisador para um movimento em que a formação em Letras fosse mais divulgada e exposta”, comenta o docente.
As atividades on-line, realizadas através do Facebook do DA, mesclam debates, mesas redondas e palestras, geralmente na companhia de convidados da área, entre egressos do curso e professores de instituições privadas e públicas. Para o primeiro semestre de 2021, pretende-se organizar atividades quinzenais, trazendo algumas novas perspectivas e desafios para a educação e, principalmente, para o profissional de Letras.
Redação: Max Cirne