O número de homicídios, roubos e tráfico de entorpecentes nos municípios de Aceguá, Chuí e Jaguarão vêm crescendo nos últimos anos. Segundo boletim técnico realizado pelo Grupo de Estudos em Segurança Pública da Universidade Católica de Pelotas (GESP/UCPel), as três cidades-gêmeas enfrentam problemas expressivos de conflitualidade e violência.
Antes recebendo muitas pessoas por motivos turísticos ou pelos free shops, as localidades lidam recentemente com novas realidades dos mercados ilegais das regiões de fronteiras. O número de carros roubados ou clonados, além do tráfico de maconha, cocaína e crack tornaram-se expressivos.
Em relação aos homicídios, é verificada uma tendência crescente, apesar de o Chuí registrar uma quantidade de casos inferior se comparando os anos de 2017 e 2018. A cidade de Aceguá, que até 2017 não possuía registros de casos, apresentou uma ocorrência no ano passado.
Os gráficos do documento ainda apontam o aumento do número de problemas relacionados a roubos e tráfico de entorpecentes. Com a taxa mais preocupante, a cidade de Jaguarão sofreu a adição de 38 casos de furtos gerais dentro do período de três anos. Além disso, o município acusou a maior oscilação em se tratando do tráfico de drogas, com 20 casos a mais entre os anos de 2015 a 2018.
De acordo com o responsável pelo boletim, professor Luiz Antônio Chies, o material alerta para a necessidade de uma maior atenção do governo do estado às fronteiras. Junto a isso, ressalta instrumentos que podem ajudar a modificar o atual cenário, como a implantação de um Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, previsto nos 7º e 8º artigos do Decreto nº 8.903/2016.
A partir desta percepção, a pesquisa almeja impactar a sociedade acerca de tais problemas. “Desta forma, a tendência é que haja o fortalecimento da demanda articulada entre governo estadual e federal, de modo que forças políticas e de governo possam se reunir para melhorar o problema já instaurado”, finaliza.
O boletim completo está disponível neste link.
Redação: Helena Rocha