Sete professores da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) subiram ao mais alto posto da carreira docente na instituição. Seguindo uma possibilidade criada no novo Plano de Carreira da categoria - aprovado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro) -, o grupo precisou cumprir uma série de requisitos que estão relacionados à sua história de vida, produção científica e contribuição para a academia. Todos eles são unânimes: a ascensão a professor titular representa um reconhecimento a todo o seu trabalho.
Para participar das bancas de progressão, é necessário cumprir os requisitos de exercício de pelo menos dois anos na UCPel, classe de Professor Adjunto IV; Avaliação de Desempenho Docente igual ou superior a 1.340 pontos; título de doutor e a existência de vagas.
Conheça, abaixo, um pouco mais sobre Ricardo Silva.
Ricardo Azevedo da Silva
Sua história na UCPel vem desde sua graduação, em Psicologia, em 1982. Aqui também realizou mestrado em Saúde e Comportamento pela UCPel e, em 2004 doutorou-se em Psicologia Clínica pela Universidade do Minho, Portugal.
Em 1983, tornou-se auxiliar de ensino na UCPel, nas disciplinas de Psicologia Científica e Antropologia Cultural. Em 1984 ingressou na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) como Psicólogo do Departamento de Assistência Estudantil na Pró-Reitoria de Graduação.
Em 1991 assumiu a coordenação técnica da Clínica Psicológica da UCPel e, em conjunto com a coordenadora administrativa, realizou investigação identificando o perfil dos pacientes que procuravam a clínica com o objetivo de subsidiar as decisões acadêmicas do curso de Psicologia.
Em 1994, ingressou no Mestrado em Saúde e Comportamento da UCPel, quando realizou uma investigação a respeito das defesas psicológicas utilizadas por jovens dependentes de cocaína.
Também em 1994 assumiu a direção da então Escola de Psicologia e, em 2005, integrou-se ao grupo de docentes do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento, trabalhando, inicialmente, nas pesquisas relacionadas à depressão pós-parto.
Em 2008 assumiu a coordenação da área de Pós-Graduação Stricto Sensu da UCPel e, no ano seguinte, passou a bolsista de produtividade do CNPq.
Como pesquisador, Ricardo Silva atua, principalmente, com análise do efeito de processos psicoterapêuticos breves através de ensaios clínicos, definição de análise da eficácia de modelos de intervenção em saúde primária, transtornos mentais na gestação e pós-parto - depressão e comportamento aditivo, prevalência e fatores associados aos transtornos mentais e epidemiologia molecular. É coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da UCPel.
Em sua trajetória, Silva contabiliza 17 orientações de mestrado concluídas e duas em andamento; cinco orientações de doutorado concluídas e seis em andamento. Ressalta, também, a aproximação do PPGSC com os cursos de graduação da área de Saúde e também o atendimento à comunidade via ambulatório. "Creio que em minha carreira há um crescente de projetos, produção, formação de recursos humanos e cooperações que convergem na busca de compreender os fatores psicológicos, sociais e biológicos envolvidos nos transtornos de humor buscando estabelecer instrumentos de diagnóstico e intervenção precoces bem como o efeito de modelos psicossociais breves no seu tratamento", aponta.
Para ele, a Católica representa grande parte de sua vida profissional e até mesmo pessoal - sua mãe foi professora na UCPel. "É um reconhecimento institucional pelo desenvolvimento, pelo esforço do professor. Espero ter contribuído para a Universidade tanto quanto ela colaborou para mim", disse.
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