Sete professores da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) subiram ao mais alto posto da carreira docente na instituição. Seguindo uma possibilidade criada no novo Plano de Carreira da categoria - aprovado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro) -, o grupo precisou cumprir uma série de requisitos que estão relacionados à sua história de vida, produção científica e contribuição para a academia. Todos eles são unânimes: a ascensão a professor titular representa um reconhecimento a todo o seu trabalho.
Para participar das bancas de progressão, é necessário cumprir os requisitos de exercício de pelo menos dois anos na UCPel, classe de Professor Adjunto IV; Avaliação de Desempenho Docente igual ou superior a 1.340 pontos; título de doutor e a existência de vagas.
Conheça, abaixo, um pouco mais sobre Maria Cristina Gonzalez.
Maria Cristina Gonzalez
Médica formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, em 1982, a professora Maria Cristina fez sua residência na área de Clínica Cirúrgica, no Instituto de Cirurgia do Aparelho Digestivo em São Paulo. Lá, teve contato com o Grupo de Apoio de Nutrição Enteral e Parenteral. Na década de 80, o assunto era novidade no Brasil.
Em 1986, veio para Pelotas, atuando com terapia nutricional em diversos hospitais, entre eles o Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP).
Em 1999, concluiu o mestrado em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas, onde também fez seu doutorado, finalizado em 2002. Fez doutorado-sanduíche no Centro de Pesquisa em Obesidade na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, com foco em métodos de composição corporal. Realizou pós-doutorado também nos Estados Unidos, na Universidade de Louisiana, em 2013.
Antes disso, porém, em 2003, Maria Cristina foi convidada para ingressar na UCPel, através do segmento de Cirurgia do curso de Medicina. Em 2005, passou a integrar o grupo de docentes do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento. Começou as orientações de mestrado e doutorado, sem deixar de atender, também, a graduação, com atuação nas áreas de seminários e pesquisas.
Sua experiência gira em torno, especialmente, da área de Medicina e Nutrição, com ênfase em Composição Corporal. Dentre os temas em que mais atua estão Avaliação Nutricional, Métodos de Composição Corporal e Bioimpedância Elétrica, além de Terapia Nutricional, Pacientes Cirúrgicos e Oncológicos.
A área de Terapia Nutricional é bastante nova, portanto, a professora costuma ser requisitada para palestras e congressos em todo o mundo. A pesquisa de novos - e mais simples - métodos de avaliação de composição corporal é um dos interesses, já que, desta forma, poderiam ser utilizados nas comunidades em vez de estarem restritos a grandes centros e laboratórios especializados. A composição corporal, explica, está muito ligada às doenças. Pode identificar, por exemplo, o "falso magro", muito importante quando se trata de pacientes hospitalizados.
Atualmente, ela também é coordenadora de uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional do HUSFP e integra o Grupo de Estudos em Composição Corporal e Nutrição, em parceria com a UFPel.
Maria Cristina avaliou a possibilidade de progressão a titular como uma grande oportunidade que a Católica ofereceu aos docentes que preenchiam os requisitos. "É um incentivo para manterem sua produção e os demais critérios. Além disso, a avaliação externa confere transparência ao processo", pontuou.