Os efeitos da pandemia do novo coronavírus é motivo de grande preocupação social. A Universidade Católica de Pelotas (UCPel), junto de outras instituições da cidade, contribuiu para a fundação do Comitê Popular de Enfrentamento ao Coronavírus (COMPOVO). O projeto consiste na organização de ações que visam amparar trabalhadores e famílias oprimidas.
Criado oficialmente no dia 20 de abril, o COMPOVO conta com divisões chamadas “grupos de trabalho”, cada um sendo responsável por desenvolver ações específicas em determinadas áreas sociais. Para debater essas e outras questões, são realizadas reuniões semanais em que se fazem presentes os representantes de organizações sociais, tais como sindicado dos trabalhadores, associações de bairros, escolas e universidades. Assim, estratégias são articuladas a fim de delegar as ações dos grupos de trabalho, criando sinergia entre os participantes e evitando duplicação de ações ou desperdício de recursos.
Um dos idealizadores do projeto, o professor aposentado e sindicalista Avelino da Rosa Oliveira, conta que a ideia surgiu de conversas com amigos e profissionais parceiros. Desse modo, foi possível identificar muitas diretrizes de combate focadas na saúde, mas poucas abrangendo outros problemas. “Discutíamos a necessidade de um olhar multidisciplinar, vendo questões habitacionais, segurança alimentar, direitos sociais e até culturais das pessoas”, comenta.
Atuam representando a UCPel a professora Mara Rosange e Vini Rabassa, do curso de Serviço Social, assim como outros professores do programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos (PPGPSDH) e do Fórum de Segurança Alimentar, que estão atuando nos grupos de trabalho.
Até o momento, existem dois tipos de ações em vigor: as permanentes e as temporárias. O primeiro tipo visa melhorias para além do período da pandemia, e possui grupos de trabalhos nos seguintes segmentos: comunicação e articulação, arrecadação de gêneros alimentícios, material de higiene e de proteção, assistência e saúde, proteção da violência, controle social democrático e apoio jurídico.
Já as medidas temporárias possuem um caráter emergencial, podendo ser realizadas por brigadas populares ou pessoas voluntárias. Nelas, são abordadas questões como transferência de local de moradias, entrega de equipamentos de proteção e auxílio informativo sobre a doença.
Para manter a população por dentro das ações, o comitê criou uma página no Facebook, na qual é possível acompanhar as novidades do projeto.
Redação por: Rafael Mirapalheta