Em favor do direito humano à alimentação segura e adequada, representantes de entidades e movimentos sociais reuniram-se na Universidade Católica de Pelotas (UCPel) para o lançamento do Fórum em Defesa da Soberania Alimentar. Proposto pela Comissão em Defesa da Soberania Alimentar da UCPel, a atividade ocorreu na tarde de quarta-feira (18), na sala 306B, no Campus I.
Durante o encontro, com objetivo de legitimar o Fórum em Pelotas, a trajetória em busca de efetivar uma Política de Segurança Alimentar na cidade foi apresentada. Ao fim, a Comissão em Defesa da Soberania Alimentar assumiu a coordenação provisória para desenvolver as próximas ações. Dentre elas, uma nova reunião, no dia 15 de agosto, às 15h, na sala 306B, para discutir o funcionamento do grupo e elaborar a pré-programação para uma audiência pública.
Segundo a integrante da Comissão da UCPel, professora Cristine Jaques Ribeiro, o Fórum tem a intenção de acompanhar e fiscalizar a produção, o consumo e a comercialização do alimento saudável para a população. "Em 2015 encaminhamos um manifesto solicitando uma Política de Segurança Alimentar para Pelotas. Atualmente ela tramita como Projeto de Lei na Câmara de Vereadores", afirma a docente.
Para a também integrante da Comissão e técnica do Núcleo de Economia Solidária e Incubação de Cooperativas (NESIC/UCPel), Solaine Gotardo, o Fórum fortaleceu e consolidou a trajetória das entidades que atuam na construção e fomento do tema em Pelotas e região. "Essa constituição assegura um espaço permanente de debate acerca do direito humano de acesso ao alimento", completa.
Quem trabalha com o tema na produção de alimentos, como o representante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Leandro Noronha, acredita em uma Política de Segurança Alimentar para articular, forçar e aproximar produtores de consumidores. "Queremos estender a mesa farta dos agricultores de forma segura e saudável aos moradores urbanos", pontua.
O encontro reuniu entidades como Cáritas Arquidiocesana, Feira Virtual Bem da Terra, NESIC, Grupos de Estudos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos (PPGPSDH/UCPel), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), MPA, Associação Regional de Produtores Agroecologistas da Região Sul (ARPA Sul), Embrapa, Emater, secretarias municipais, líderes políticos, religiosos e indígenas.
Redação: Piero Vicenzi