Dia 20 de novembro marca o Dia da Consciência Negra e, na Universidade Católica de Pelotas (UCPel), os debates promovidos pelo Grupo de Estudos e Trabalhos Questões Étnico-Raciais ganham força desde o dia 18. Com o evento Consciência Negra UCPel: Amplie a Sua, o Grupo propõe o diálogo com toda a comunidade acadêmica em defesa dos direitos humanos e da igualdade social.
As atividades começaram na quarta-feira (18), com a roda de conversa Os dilemas de Ser Mulher e ser Negra na Sociedade de Classe. O assunto foi abordado pela mestranda em Ciência Política na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e militante do Feminismo Negro Edna da Rocha.
Segundo ela, são muitos desafios enfrentados pelas mulheres negras na sociedade atual, entre eles a pouca representação na política e uma imagem distorcida na mídia. "Mulheres negras ainda estão em condição de precarização. Sofrem com um machismo gritante e a visão de que não podem ocupar espaços para além do samba e do carnaval", afirmou. De acordo com ela, atividades como a promovida pela UCPel são importantes para problematizar essas questões e buscar a mudança.
Nesta sexta-feira (20), a programação inclui conversa com a comunidade acadêmica com mostra de vídeo, músicas, banners, chimarrão e atividade cultural, no saguão do Campus I, a partir das 16h. Às 19h30min, haverá a roda de conversa Imigração e Racismo: Rompendo Fronteiras Brasil-Senegal, com a participação de representantes da Associação dos Senegaleses de Pelotas.