A Universidade Católica de Pelotas (UCPel) homenageou, na tarde de quinta-feira (02), os funcionários e professores que, nos últimos meses, aderiram ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV). Ao todo, 14 pessoas foram lembradas na cerimônia realizada no Salão de Atos da Reitoria.

Os profissionais receberam como presente um certificado e um relógio, marcando o simbolismo do precioso tempo que doaram como contribuição à história da Universidade. “Estar aqui é, também, uma maneira de agradecer profundamente pelas conquistas e pelo grande aprendizado que tive trabalhando na UCPel”, disse a ex-funcionária Nelda Rodrigues, que dedicou 26 anos de trabalho à Instituição e desligou-se há um mês. Para Aline Almeida, que trabalhou por 15 anos no Laboratório de Química Ambiental, os amigos que fez na Católica ficarão para a vida inteira. “Foi meu primeiro emprego. É maravilhoso poder voltar aqui e sentir essa sensação tão boa, esse ambiente acolhedor”, comentou. As lembranças do companheirismo cultivado na convivência diária também foram destacadas por Ari Macedo, motorista da Universidade por três décadas: “Aqui plantei muitos amigos. Foi só alegria!”, resumiu.

Docente por 24 anos, Nora Elisabeth Lorea Gonçalves afirmou que sempre procurou passar aos alunos a consideração que tem pela UCPel desde que era estudante de Medicina. “Guardo muitas boas recordações, afinal aqui foi a Universidade em que me formei e sempre quis que meus alunos tivessem esse mesmo carinho. Relembrar tudo isso é até algo meio nostálgico”. O ex-funcionário Lino Raupp, que começou a trabalhar na UCPel em 1983, pontuou sobre a alegria que sente em saber que fez parte do crescimento profissional de centenas de alunos graduados nos cursos de Comunicação Social, ao longo desse tempo. “A Universidade, para mim e para minha família, é um local muito importante. É uma satisfação muito grande ter participado da formação de tantos profissionais de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas, ensinando e orientando na prática televisiva”, afirmou, ao lembrar que foi um dos fundadores do Laboratório de Vídeo e, posteriormente, da emissora de televisão da Universidade, a TV UCPel. Já para o professor Osmar Schaefer, os 42 anos que viveu dentro da Católica podem ser comparados à trajetória de um cultivador de rosas. “Aquele que mexe com roseiras, pode até ser picado por espinhos, mas sempre permanece com perfume nas mãos”, declarou, como um típico docente de Filosofia.

A falta que sente dos alunos resume o sentimento do professor de cirurgia Leomar Saueressig. Para ele, que se formou na UCPel em 1969 e começou a lecionar em 1973, o contato com os estudantes permitia tanto o rejuvenescimento de sua parte quanto a oportunidade de preencher as lacunas nos saberes dos futuros médicos.

O processo de ensino-aprendizagem, a participação em congressos, revistas científicas e na formação cristã foram aspectos salientados pelo professor Antônio Luiz Pureza Duarte. Formando da sexta turma de Medicina da Católica, ele lecionou aqui por 39 anos.  "Foi uma época muito boa, de muita felicidade, bons relacionamentos e evolução científica. Foram os melhores momentos da minha vida docente", disse.

Ver a reestruturação do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), participar das melhorias e do atendimento da instituição de saúde e das Unidades Básicas marcou para a professora de Clínica Médica Rosana Van Der Laan. "Tenho muito carinho pela Católica. Por ter feito minha formação aqui e por ter ajudado a formar milhares de médicos", ressaltou.

Embora não seja natural de Pelotas nem possua familiares no município, o professor Roberto Funck tem uma forte história com a UCPel. Aqui ele se graduou em Administração, fez parte da turma que fundou o Diretório Acadêmico do curso e organizou as primeiras Semanas Acadêmicas. "Vivi intensamente a Católica e isso com o passar do tempo só aumentou". Em 1986, iniciou a carreira docente.  "Tudo o que sou e o que tenho devo à UCPel. É extremamente gratificante saber que isso não foi uma relação de mão única, mas dupla. Ficou uma parte do Roberto aqui", declarou.

A história de César Sieburger na UCPel começou em 1974, quando ingressou como aluno na primeira turma do curso de Psicologia. E foi lá que começou a lecionar, cinco anos depois. Para ele, a Católica representa um lugar de troca, de crescimento, de desafios e um local onde se pode ensaiar processos colaborativos importantes. "É um universo para se viver", resumiu.

Os ex-professores Sílvio Reis e Sérgio Falchi não puderam comparecer à cerimônia.