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Cáritas celebra seu Jubileu de Ouro
13.08.2012 | 18:36 | #institucional
Cáritas celebra seu Jubileu de Ouro
Ação social que atingiu inúmeras famílias em cinco décadas, a Cáritas Arquidiocesana de Pelotas comemorou seu Jubileu de Ouro nesta segunda-feira (13). A passagem da data teve resgate histórico, homenagem de gratidão aos mais diversos envolvidos no trabalho, Celebração Eucarística e momento para pensar no futuro desse organismo da Igreja Católica.

Responsável por apresentar aos presentes o início da formação da Cáritas em Pelotas e sua trajetória até os dias atuais, a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), professora Vini Rabassa da Silva, falou sobre a importância de um trabalho que fomente a formação das pessoas atendidas. “A missão da Cáritas é representar o serviço da caridade na Igreja, trabalhando especialmente pelos mais pobres para que conquistem melhores condições de vida”, comentou a professora, que, também, foi coordenadora da Cáritas, membro da diretoria e conselho da Cáritas Regional e vice-presidente da Cáritas Brasileira.

Padre Guilherme Panatieri, que divide a direção da Cáritas Arquidiocesana com Jacira Reis da Silva e Maria Beatriz Ferreira, explica que o organismo passa por uma reestruturação. A proposta passa pela questão legal, que inclui cumprir as exigências do Serviço Social de dupla natureza: eclesial, que marca a identidade, e de atuação na sociedade de acordo com sua realidade.

Além disso, a reformulação passa, também, pelo conhecimento da própria história, que começou com a palestra do evento. De acordo com o sacerdote, a intenção é retomar a formação, à luz da Escola Diaconal de Formação de Agentes de Cáritas, que era promovida na década de 70. Ao mesmo tempo, pretende interligar saberes com a UCPel. “As duas têm missão educativa. Queremos aprofundar o relacionamento com a Universidade, reestabelecendo parcerias práticas. Acreditamos que é viável e possível”, salientou.

História
A Cáritas surgiu em 1962, por iniciativa de Dom Antônio Zattera. Seu propósito era ser a entidade responsável pela organização, nas paróquias, de um serviço fraterno, além de coordenar as obras sociais católicas. Durante a década de 60, recebia alimentos e roupas enviados dos Estados Unidos e Europa para distribuir às paróquias.

Na década de 70, a Cáritas evoluiu ao perceber que o assistencialismo não era o suficiente. A partir daí, começa a trabalhar na perspectiva da promoção humana, possibilitando o desenvolvimento das pessoas. A ação começa andar alinhada com a formação, a educação e a profissionalização. É nesta época que surgem as Comissões Paroquiais de Cáritas e a Escola Diaconal de Formação de Agentes de Cáritas. Também na década de 70 ocorria o projeto Esperança, que reunia estudantes e professores das mais diversas áreas do conhecimento para atuar em paróquias que congregavam pessoas em condições de vulnerabilidade no interior, e depois nas periferias da cidade.

Na década de 80, seguindo o Documento de Puebla, se reforça a opção preferencial pelos pobres, conforme a orientação da Igreja. Surge o princípio da caridade libertadora. É quando se percebe que é preciso não apenas dar o peixe, mas ensinar a pescar – e além disso, fazer alguma coisa pelo “rio que está sujo”.

A Cáritas esteve envolvida, ainda, no movimento dos meninos e meninas de rua, no cerne das discussões que deu origem à formalização dos Direitos das Crianças e Adolescentes. Promoveu encontros de mulheres e feiras para comercializar produtos feitos pelas pessoas acompanhadas e divulgar ações dos projetos alternativos das comunidades.

Nos anos 2000, a Igreja propõe que se reforce mais a evangelização, e a Cáritas passa a ter mais forte o nome da solidariedade.
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