Um artigo científico oriundo da dissertação de mestrado da acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento da Universidade Católica de Pelotas (PPGSC/UCPel), Nathalia Bachettini, foi destaque na 12th International Conference on Cachexia, Sarcopenia & Muscle Wasting, realizada em Berlin. O trabalho foi apresentado na capital da Alemanha por sua orientadora, professora Maria Cristina Gonzalez, sendo também publicado na revista European Journal of Clinical Nutrition.

A pesquisa relacionou a sarcopenia e a mortalidade em pessoas com mais de 60 anos. Segundo Nathalia, não há um consenso globalmente aceito para a realização do diagnóstico da sarcopenia, considerada a diminuição da massa muscular característica do envelhecimento. Por isso, enquanto método, foram utilizadas as definições mais aceitas, que são as propostas pelo European Work Group on Sarcopenia in Older People, de 2010 e 2018, envolvendo força muscular, massa muscular e desempenho físico.

O estudo foi desenvolvido junto a uma coorte iniciada em 2014 e composta por 1291 idosos. Após uma média de 2,6 anos, 88 destas pessoas morreram, o que corresponde a 6,8%. O resultado mostra, portanto, que o diagnóstico de sarcopenia grave eleva significativamente o risco de mortalidade, tendo um aumento no risco de óbito de 3,15 e 4,11 vezes, quando comparado com idosos identificados sem sarcopenia.

“Este foi um dos primeiros estudos comparando os dois critérios de diagnósticos, discutindo cada componente dos critérios e a relação com mortalidade”, comenta a pesquisadora. Por este motivo, Nathalia acredita que o trabalho intitulado "Sarcopenia e risco de mortalidade em idosos não institucionalizados” apareceu nos highlights do congresso na Alemanha e ainda foi aceito em publicações internacionais.

Redação: Max Cirne