O curso de Arquitetura e Urbanismo e o Programa de Extensão de Apoio às Práticas Patrimoniais da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) lançam nesta quarta-feira (1°), 9h, o projeto arquitetônico do Memorial Eladio Dieste, no Pelotas Parque Tecnológico. Durante o evento também será conhecido o vencedor do concurso da logomarca do Memorial.
A proposta da homenagem ao arquiteto uruguaio é apresentar à comunidade obras idealizadas por ele, como por exemplo, o prédio do Pelotas Parque Tecnológico. Segundo o coordenador da ação, professor Ricardo Brod, a ideia surgiu a partir do reconhecimento da Iglesia Cristo Obrero (localizada em Atlantida, Uruguai), projetada e executada pelo escritório de Eladio Dieste, como Patrimônio Mundial da Unesco. “Houve, então, um despertar para a ideia de divulgação do trabalho de Dieste na cidade, uma vez que temos em Pelotas um prédio (Pelotas Parque Tecnológico) feito em parceria com o escritório dele e que apresenta na cobertura e reservatório, elementos do vocabulário construtivo desenvolvido por Dieste”, revela o docente da Católica, ao ressaltar que graças ao título concedido pela Unesco, Eladio Dieste é considerado uma das figuras mais importantes da arquitetura latino-americana.
Atendendo ao convite da administração do Parque Tecnológico, juntamente com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Turismo e Inovação, os integrantes do Programa de Apoio às Práticas Patrimoniais do curso de Arquitetura são os responsáveis pela implementação do projeto. Toda atividade desenvolvida pelo Programa, afirma Brod, envolve professores e alunos, o que também contribui diretamente na formação dos futuros profissionais.
A previsão é de que a inauguração do Memorial Eladio Dieste ocorra em março de 2022 e seja um evento binacional, ou seja, simultâneo entre o Brasil e o Uruguai.
Eladio Dieste foi um engenheiro/arquiteto uruguaio que desenvolveu a técnica da cerâmica armada ao longo de sua trajetória profissional, entre meados dos anos 40 até o final da década de 90 do século passado. Seu trabalho teve reconhecimento nacional e internacional, com obras espalhadas pelo Brasil, Argentina e Espanha.
Redação: Alessandra Senna