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Após cirurgia, jogador e auxiliar técnico do Brasil recuperam-se no HUSFP
31.01.2009 | 00:00
Após cirurgia, jogador e auxiliar técnico do Brasil recuperam-se no HUSFP

Os dois últimos integrantes da equipe do Grêmio Esportivo Brasil ainda internados no Hospital Universitário São Francisco de Paula da Universidade Católica de Pelotas (HUSFP/UCPel), por conta do trágico acidente ocorrido com a delegação no último dia (15), passaram por cirurgia neste sábado (31). O volante Edu e o auxiliar técnico Paulo Roberto Mathias foram submetidos a um procedimento inédito na Zona Sul do estado que consiste em implantar células plaquetárias do próprio organismo nos tecidos lesionados, a fim de motivar a regeneração celular e uma recuperação mais rápida dos atletas. De acordo com o médico André Guerreiro, o andamento das cirurgias foi satisfatório.

No acidente, Edu sofreu arrancamento da região muscular posterior da coxa esquerda, quadro que indicava a necessidade de amputação. Com os procedimentos adotados na recuperação do volante desde sua internação, o maior susto passou: a perna foi poupada e a ocorrência de infecções evitada. “Edu já consegue caminhar sem muletas. Com a realização desta cirurgia, a regeneração tecidual melhora, ativa a circulação e possibilita que a lesão cicatrize mais rápido”, explicou Guerreiro, ao ressaltar, entretanto, que a volta de Edu aos gramados ainda é uma incógnita.

De um modo geral, a expectativa de recuperação de Paulo Roberto, que trata o arrancamento de 10 centímetros do músculo e do tendão do tornozelo, também é positiva. Estima-se que, em cerca de seis meses, metade do período convencional, ambos os pacientes estejam com as lesões cicatrizadas.

Como funciona o procedimento
• O processo cirúrgico aplicado em Edu e Paulo Roberto teve início com a coleta de 60 mililitros de sangue dos pacientes;
• Este material foi colocado num aparelho próprio para a centrifugação do sangue, com o objetivo de ativar a concentração de plaquetas;
• Foi realizado nos atletas o processo de debridamento, a retirada de tecidos necrosados do local da lesão;
• Após a centrifugação, o sangue foi recolocado no organismo para estimular a regeneração do tecido lesionado.

Inovação valorizada
O processo para reconstrução da musculatura perdida no trauma sofrido pelos atletas do GEB pode ser considerado uma importante inovação na medicina gaúcha. Para o diretor técnico do HUSFP, Ernesto Sousa Nunes, o fato de o procedimento ter sido realizado num hospital-escola, em que professores e futuros profissionais podem acompanhar a realização de técnicas pioneiras na área, é um ganho para toda sociedade. “Isto mostra que o Hospital São Francisco tem as condições adequadas em sua estrutura para executar operações deste tipo com bom êxito”, disse. “Com certeza, é um marco para nossa cidade e região”, completou o diretor de assistência do Hospital, Sílvio Reis.

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