Atenção e comprometimento aliados à técnica. É o que leva os alunos do sétimo semestre de Fisioterapia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) a realizarem atividades com idosos no Asilo de Mendigos de Pelotas.
O trabalho existe desde 2006, com a ideia inicial de ter um foco preventivo. Pela necessidade de oferecer um tratamento individualizado de reabilitação aos idosos, em agosto de 2013 o projeto foi reavaliado pela coordenação, professores e acadêmicos de Fisioterapia para haver a mudança para um foco curativo.
A proposta vem da disciplina de Estágio Comunitário II, sob a coordenação da professora Estefânia Silveira de Moraes. Participam do projeto 12 alunos divididos em dois grupos, que ajudam na reabilitação de seis idosos com limitações físicas, fazendo visitas uma vez por semana ao asilo.
Os alunos são organizados em duplas para facilitar o desenvolvimento das atividades e por ser o primeiro contato com os idosos. “Saber as técnicas é muito importante, mas não é só isso. Os alunos precisam trabalhar de forma humanizada, oferecendo atenção e carinho para essas pessoas. Isso faz toda diferença”, destaca a professora.
Os idosos são selecionados através de contato com a equipe de saúde do local (médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem), que indicam quais são os que têm mais necessidade de Fisioterapia no momento, de acordo com a gravidade de cada caso.
Os atendimentos ocorrem diretamente no quarto do asilado - ou, se ele tem condições de sair do leito, é atendido no pátio da Instituição e até mesmo na praça em frente ao Asilo, com a estimulação dos movimentos de braços e pernas.
A aluna Gabriela Vieira Conceição é uma das integrantes do projeto. Para ela, vivenciar uma realidade diferente da sua e introduzir as atividades na rotina dessas pessoas é muito gratificante.
Fernanda Câmara, que também participa do projeto, demonstra habilidade e carinho no trato com Sergio Luis Bastos, de 51 anos, que sofreu uma isquemia e caminha com dificuldade. “Ter a oportunidade de conviver com ele e ver sua evolução com a ajuda do meu trabalho, e ver a alegria dele todas as vezes em que venho até aqui, é o que me incentiva a seguir a profissão”, ressalta.
As atividades do grupo encerram no início de julho com uma confraternização proposta pelos acadêmicos, como uma forma de agradecimento pela receptividade e também despedida, pois darão lugar a outros alunos no próximo semestre.