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Acadêmicas da Moda contam experiências de viagem à Itália
09.03.2009 | 00:00
Acadêmicas da Moda contam experiências de viagem à Itália
Impressões e experiências que vão ficar para a vida toda. Em síntese, foi isso que fez valer o carimbo no passaporte de quatro alunas do curso de Tecnologia em Design de Moda da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), após a viagem feita à cidade de Florença, na Itália, mês passado. Berço do movimento renascentista daquele país, o local já foi considerado a capital mundial da moda e ainda hoje ostenta o mérito de ser uma referência no segmento. Ensaiando os passos para o mercado profissional, as garotas, cuja formatura na graduação está marcada para o fim de 2009, consideraram a viagem extremamente enriquecedora.

Nathália Grill, Natália Pons, Bruna Arnoni e Laura Pilownic contaram com a companhia do produtor de moda André Guerra. Ao todo, foram quase 30 dias realizando visitas técnicas, aperfeiçoando a língua italiana e percorrendo, de trem, cidades como Roma, Assis e Milão. A idéia era conhecer de perto tudo o que, até então, era visto apenas por intermédio da mídia, e, com isso, ampliar a perspectiva sobre o mercado fashion profissional.

Profissionalismo, aliás, foi a palavra-chave eleita pelo grupo para definir o ramo na Itália. Enquanto presenciavam processos, como produção e comercialização de coleções, os pelotenses puderam avaliar o mercado daqui em contraste com o de lá e concluíram que, embora a crise econômica mundial esteja influenciando o setor, a auto-estima européia ainda é o trunfo de empresas pequenas, médias e grandes, já que agrega valor aos produtos e desfaz o mito de que moda e futilidade se completam. “Aqui, o mercado de moda está no início, engatinhando ainda. Chega a ser um choque comparar os dois mercados”, disse Guerra. “Mas esse contato é importante para que essas novas profissionais saibam aonde podem chegar, principalmente quando constatamos que lá esse segmento é visto como um negócio”.

Um dos locais visitados pelas alunas foi o Instituto Polimoda, que possui convênio de relacionamento com a Católica. A instituição é uma das mais respeitadas do mundo na área acadêmica e conta com uma infra-estrutura de ponta como base para qualificar profissionais especializados nos mais diversos ramos da moda. “Este não é um espaço feito só de estilistas e costureiros. Indo lá, vimos muitas possibilidades de trabalho. Existem cursos de especialização que formam pessoas apenas para criar maquiagens que acompanhem o look das modelos nos desfiles”, exemplificou Bruna.

Outro ponto que chamou atenção durante a viagem foram as táticas usadas pelo comércio e a indústria para driblar a crise. Enquanto pequenos empreendedores sofrem com a invasão de produtos chineses vendidos a “preço de banana” pelos ambulantes nas ruas e feiras populares, as grandes marcas ainda conseguem equilibrar o lucro justamente porque contam com a vantagem de ter um nome consagrado no mercado.
Ao contrário do Brasil, onde é costumeira a realização de liquidações para queimar o saldo resultante entre uma estação e outra, na Itália a prática não é tão comum assim. “O preço pode ser exorbitante, mas é a qualidade que conta. Só de ser de marcas como Dolce&Gabbana, Gucci e Prada os produtos já têm todo o marketing que precisam para continuar vendendo”, disse Nathália. “Pelo menos enquanto ainda tem gente para pagar”.

Por aqui
Eles não se consideram pessimistas. Porém, se for para definir a moda em Pelotas, tanto Guerra quanto as meninas creem que a solução para impulsionar o mercado é investir no aperfeiçoamento profissional e qualificar a parte técnica. Para eles, Pelotas e região devem identificar a sua vocação na área e trabalhar com o que têm disponível, valorizando a produção e elevando a moda a um patamar de empreendedorismo. Em resumo, arregaçar as mangas e mãos à obra.

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Alunas visitaram o Instituto Polimoda, com o qual a Católica tem parceria

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