O estudo de como os professores de língua estrangeira corrigem o erro da pronúncia do morfema “ed” pelos alunos brasileiros gerou a dissertação de Maria Luíza Pereira, no mestrado em Letras da Universidade Católica de Pelotas (UCPel). A defesa da dissertação “O feedback corretivo referente à produção do morfema 'ed' do inglês por brasileiros: Concepções e práticas pedagógicas de dois professores ”, ocorreu na tarde de segunda-feira (25), no Campus I da UCPel.
O morfema estudado, que possui três pronúncias, é utilizado para formar o passado regular de verbos da língua inglesa. Dois professores de inglês de instituições de ensino diferentes foram analisados por Maria Luíza no momento em que ensinavam o conteúdo. De acordo com ela, o sentido da palavra varia conforme o som emitido na pronúncia do final “ed”. “A pronúncia mal feita interfere de forma negativa na comunicação entre o falante nativo [do inglês] e o não nativo [que aprendeu o idioma]”, disse.
Na análise, Maria Luíza observou como era o tratamento dos professores em relação ao erro da pronúncia do “ed” pelos alunos e qual o feedback corretivo, ou seja, a forma de correção, que utilizavam. “O professor atua como facilitador na aprendizagem de uma língua”, afirmou. Para ela, portanto, ao longo do processo interacional, o erro deve ser corrigido para não servir de referência ao aluno. Dentre as seis ações corretivas – correção explícita, recast, pedido de esclarecimento, feedback metalingüístico, elicitação e repetição corretiva – a elicitação foi a forma utilizada pelos professores, na qual, ao invés de apenas repetir a frase de maneira correta, o professor instiga o aluno a reformular seu enunciado, utilizando seus próprios recursos linguísticos.
O trabalho foi orientado pelo professor Ubiratã Alves. Participaram da banca avaliadora a professora Ana Paula de Araújo Cunha, do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IF-Sul) e a professora Andréia Schurt Rauber, da UCPel.