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Professor de ética na Alemanha visita UCPel
27.11.2007 | 00:00
Professor de ética na Alemanha visita UCPel
O professor da Universidade de Freiburg, na Alemanha, Reinhard Hesse, visitou a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) na última quarta-feira (21). De passagem pela cidade ao voltar de encontro sobre ética no discurso realizado na Argentina, o professor, especialista em ética, conheceu a UCPel e falou sobre o ensino do tema, em especial na Alemanha.

Amigo pessoal de Karl-Otto Apel, um dos maiores filósofos da contemporaneidade, Hesse veio a convite do professor da UCPel Jovino Pizzi. Na Alemanha, o professor atua na formação de profissionais de diversas áreas.

De acordo com ele, há um processo em âmbito federal para que todos os estados da Alemanha ofereçam a disciplina da filosofia nas escolas. Principalmente após a reunificação do país, o ensino religioso perdeu força nas instituições de ensino. Neste cenário, cresce como opção o ensino da ética na Alemanha. “O ensino de valores éticos é fundamental para cada sociedade. A ética é importante para fazer os jovens refletirem valores, e principalmente em como orientar sua vida social”, disse o professor, ao lembrar que o fundamentalismo cresce de forma perigosa no mundo.

Ao mesmo tempo em que considera motivo de comemoração o ensino mais intenso da ética nas escolas alemãs, Hesse diz que os filósofos da atualidade ainda não estão preparados adequadamente para a responsabilidade. Segundo ele, é crescente a corrente do relativismo filosófico em relação à cultura e contexto local das sociedades. Ou seja, a idéia de que não existe verdade. “A verdade é uma idéia sem a qual a filosofia não pode trabalhar, é universalista. A função da ética na sociedade é justamente a busca da verdade”, afirmou. De acordo com ele, a idéia da verdade deve estar presente no trabalho do filósofo. “A sociedade está procurando uma instância orientadora, e a ética assume este papel na sociedade moderna”, disse.

Para o professor, o ensino da ética para os mais jovens na Alemanha parte dos conflitos particulares de cada faixa etária, enfocando principalmente temas como diferenças culturais. “O mais importante é que surja uma ‘luz’ em cada pessoa, da mensagem ética que se quer passar”, destacou.

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