A casa do escritor João Simões Lopes Neto por quase duas décadas – o Palacete Payssandu – foi a edificação escolhida pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) para realização de levantamento cadastral, que já está sendo realizado por 20 acadêmicos da disciplina Atelier VII. Nos trabalhados de diagnósticos que serão apresentados pelos estudantes no final do semestre, ainda constarão a identificação de novas possibilidades para a utilização do espaço.
Localizado na rua Barão de Santa Tecla, 392, a casa encontra-se em estado de deterioração, com parte do telhado desabado. “O projeto que iremos realizar é praticamente de emergência devido o estado atual da residência”, comenta a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UCPel, professora Laura Zambrano. O prédio foi escolhido devido sugestão da vice-prefeita do município, Paula Mascarenhas.
Divididos em grupos, os acadêmicos ficarão responsáveis pela realização de diagnósticos diversos (para identificar patologias e desajustes, por exemplo), formas para intervenção, sugestão de utilização de materiais para restauro, além de também identificar e apresentar novas potencialidades de utilização da edificação. O resgate histórico da construção também será realizado.
A primeira etapa do projeto - reservada para a realização do levantamento cadastral - será apresentada pelos acadêmicos no dia 04 de maio. A segunda parte do projeto será apresentada no final do semestre letivo.
Histórico
O Palacete Payssandu é uma das casas em que viveu o escritor pelotense João Simões Lopes Neto e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE). Sob o aspecto arquitetônico, o palacete se destaca pela originalidade da frontaria, em estilo eclético com tendência neomourisca, presente em componentes e elementos decorativos. O palacete segue o gosto da arquitetura vigente no país na segunda metade do século XIX.
Fonte: arquivos do IPHAE
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