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Católica dá início a projeto de pesquisa sobre o HIV
30.11.2011 | 15:46
Católica dá início a projeto de pesquisa sobre o HIV
O dia 1º de dezembro terá um novo significado para moradores de Pelotas que são portadores do vírus da imunodeficiência humana, o chamado HIV. E isso porque esta data, que marca o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, foi a escolhida para o início do projeto desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) que analisará a qualidade de vida desses indivíduos. A finalidade é que os resultados obtidos ao fim do estudo contribuam com o trabalho de assistência que é feito para esse público.

O projeto “Avaliação da qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV/AIDS no Sul do Brasil”, da mestranda Susane Klug Passos, é coordenado pelo professor Luciano Souza e foi elaborado a partir da observância de fatores como o aumento da longevidade dos soropositivos. “Embora o estigma social que essas pessoas sofrem ainda seja muito grande, os tratamentos têm dado grande resultado e contribuído para que a longevidade seja maior”, comentou Souza. “Queremos, por meio dessa pesquisa, verificar o que tem sido feito para tornar a qualidade de vida mais adequada em homens e mulheres com HIV, o que vai repercutir em melhores atendimentos futuros”.

A pesquisa é inovadora, porque, além de conter perguntas ligadas a aspectos biomédicos, como o tratamento feito com os coquetéis, o questionário a ser feito com os participantes incluirá abordagens sobre quadros de ansiedade e depressão e hábitos de comportamento em geral.

De acordo com o coordenador, a ideia é obter, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a coleta de dados junto a 810 pessoas que frequentam o Serviço de Atendimento Especializado (SAE), coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde. O setor é referência no atendimento a soropositivos em Pelotas e em Rio Grande. Só aqui, a média de atendimentos vai a 1.500 por ano.

A coleta de dados começa nesta quinta-feira (1º) e vai até o fim de maio de 2012. Até lá, em todos os dias úteis, um bolsista de iniciação científica da Católica ou aluno voluntário da UFPel estará no SAE recrutando pessoas que queiram participar do projeto. O processo é simples – feito por meio de entrevistas – e severamente sigiloso. O próximo passo é elaborar, com base no resultado dos questionários, campanhas e programas específicos para melhorar o atendimento a essas pessoas. “É um estudo preocupado em mostrar que, quem vive uma condição como essa pode contornar a situação e viver de forma plena fisica, emocional e espiritualmente”, destacou Souza.

Entenda melhor
Ter HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. De acordo com o Ministério da Saúde, HIV – a sigla em inglês do vírus – é o causador da AIDS, mas as pessoas infectadas podem passar anos sem desenvolver a doença, embora estejam com o sistema imunológico comprometido. 
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