Nos dias da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Rio de Janeiro foi tomado por sotaques e vestimentas diferentes. Bandeiras cruzavam os ares anunciando a presença de centenas de nações. Povos diferentes, unidos pela mesma característica comum: serem irmãos em Cristo.
Dura, mas abençoada. Foi assim que a Jornada foi definida pelo jovem Andrew Galvan, 20, morador de Guam, ilha do Pacífico próxima ao Havaí. Conhecer novas pessoas e vivenciar a experiência do amor entre todos os irmãos foi emocionante para ele. “Nós compartilhamos uma coisa: o amor de Deus”, disse.
A uruguaia Maria Eugenia Francia, 22, estava animada em ver o Papa e presenciar a união de pessoas pelo mesmo propósito.
Argentino de Córdoba, Gabriel Brizuela, 19, vibrava com o sumo pontífice conterrâneo. “É incrível, uma alegria imensa”, disse o rapaz, que gostou de ter visto tantos jovens católicos juntos e se emocionou com a Via Sacra, na sexta-feira (26). “O cenário estava muito bonito e cada estação foi muito especial. Me encantou”, disse.
O desempenho artístico e a presença de Francisco também foram destaque para o português João Rodrigues, 20. “A Jornada está sendo muito movimentada e estamos andando de um lado para outro, mas compensa”, afirmou.
A energia dos jovens unidos em um cenário de atrações versáteis, foram apontados pelos canadenses Catherine Zuchelkowski e Adrian Gudino, ambos de 16 anos. O Brasil é uma das paixões do francês Louis Ponsignon, 20. Ele morou no Rio por quatro anos em função do trabalho do pai, e não hesitou em embarcar para a Cidade Maravilhosa com o grupo da comunidade Emanuel, da qual faz parte, e que reúne diversos países. “Aqui as pessoas são abertas, simpáticas”, avaliou.
O calor humano foi o diferencial para que a Jornada brasileira superasse a anterior, realizada em Madri, pontuou o angolano Gilberto Gil Lopes, 32. Para ele, o Brasil ganhou em termos de acolhimento, simplicidade, amor e entrega do povo. Cerca de 700 angolanos participaram do encontro. “A Via Sacra foi muito bem organizada, a população ajudou, todos oraram”, mencionou o colega Kiala Simões, 29.
Vindo do Iraque, Samir Yousifani, 21, foi acolhido em uma casa de família na Tijuca e disse ter adorado o Brasil. “É um ótimo país. Apesar da chuva, foi maravilhoso. Vi o Papa e fiz um vídeo”, contou.
A mensagem da Missa de Envio, presidida por Francisco na manhã de domingo (28) e que reuniu cerca de três milhões de pessoas, ficou ecoando no coração de Aida Villavicencio, 44, do Equador. “Além do encontro com Jesus, me impressionou a palavra de Deus que disse ‘vai’, para sempre anunciarmos”, afirmou.
O lema desta JMJ, “ide e fazei discípulos entre todas as nações”, segue como estímulo para cada qual voltar ao seu país. Afinal, como disse o Papa, nada melhor para evangelizar um jovem do que outro jovem.