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Artigo de Dom Jacinto Bergmann - Mãe: O Divino no Humano
10.05.2013 | 17:03 | #capelania-e-identidade-crista
Artigo de Dom Jacinto Bergmann - Mãe: O Divino no Humano
Neste domingo a Igreja Católica celebra a Festa da Ascenção do Senhor: é o humano que entra no divino. Também em todo o planeta Terra celebramos o Dia das Mães: é o divino que se expressa no humano. Essas afirmações sobre a Festa da Ascenção e o Dia das Mães são uma convicção minha e de tantos homens e mulheres de fé.  

Duas reflexões, um dia anotadas por mim, inclusive sem me atentar para a autoria delas e por isso mesmo não a possuo, sobre o significado do ser e existir da mãe, corroboram especialmente a minha afirmação acima sobre o Dia das Mães: é o divino que se expressa no humano.

A primeira reflexão reza assim: “Mãe, tu és um ser muito especial, que faz o mundo ser melhor e mais bonito, porque tens o coração bem próximo de Deus”. A proximidade do coração da mãe de Deus se expressa pelo amor com que o coração de mãe está pleno. Deus, que é Amor, consegue ser mais Ele na criatura materna.

Já a segunda reflexão, um pouco mais longa e descritiva, delineia vários elementos: “Mãe. Tu és um ser muito estranho, pois tudo em ti é contraditório. Sabes sorrir em meio a mais triste prova e choras nos momentos da mais intensa alegria. Mãe, tu és doçura e acalanto, mas também orientação, limites, autoridade e cobranças. Sofrendo, diz sim; amando, diz não. És, ao mesmo tempo, a primeira fonte de felicidade e prazer e a primeira causa de frustração e dor. Como te entender, então? Como definir alguém capaz de gerar a vida todos os dias, mesmo quando o filho já está crescido e criado fazendo-o renascer para progredir, avançar e partir? Só mesmo apelando para a lógica divina! As mães são assim, porque Deus as criou com uma matéria muito especial. Ele as fez com sua própria energia, aquela que não se esgota nunca. Mãe, és como o próprio Deus que trabalha sem cessar, uma energia sem fim, pois seu coração ama e vela, mesmo quando descansa. Mãe, obrigado por tanto amor!”. Sim, só a lógica divina explica o ser materno. Deus as criou assim. Nelas se expressa de modo singular o divino. 

Meus PARABÉNS, queridas mães, todas elas: mães pobres e menos-pobres, mães de cor negra e todas as cores, mães de tenra idade e provectas, mães nas famílias - nas comunidades religiosas - nas escolas - nos grupos bíblicos - nas comunidades cristãs. Obrigado por serem tão próximas de Deus e serem expressão do divino para nós!   

Dom Jacinto Bergmann, Arcebispo Metropolitano de Pelotas

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