Apresentação
No dia 11 de agosto é celebrado o dia do estudante, de todos os estudantes, também dos universitários. Como caiu em um sábado, vamos comemorá-lo hoje, dia 13. A Capelania da UCPel preparou uma programação especial: uma missa festiva com a banda da RU às 17h, na nossa capela. Logo a seguir, pelas 18h, um evento no saguão do Campus I, com música ao vivo e um pequeno brinde com uma mensagem.
Para o convite à reflexão escolhemos um breve texto da escritora portuguesa Natália Nunes, que fala dos desafios de entrar na universidade. Um dos desafios é escolher bem o curso que se vai fazer. É uma escolha crucial para o sucesso na vida acadêmica. Perguntamos a Gabrielly, uma estudante da UCPel que trabalha na Capelania: “você está satisfeita com o seu curso e porquê?” na seqüência, sua resposta.
A todos os estudantes da UCPel parabéns pelo dia!
(Martinho Lenz, Jesuíta. Capelão da UCPel)
Estou preparado para a vida de estudante universitário?
A transição que um aluno experimenta ao passar do ensino secundário (médio) para o superior é considerada por muitos como sendo uma das mais importantes ao longo dos ciclos escolar e acadêmico dos jovens. Assim, o ensino superior constitui para o estudante um importante período de transição, não só a nível acadêmico, mas também emocional e pessoal, devendo ser promotor do desenvolvimento do indivíduo em várias dimensões da sua existência, bem como da reflexão sobre idéias, experiências, modelos e papéis.
Aos primeiros anos do ensino superior liga-se o fato de ser nesse período que a “adaptação” tem a sua maior expressão. A fase de transição vivenciada por estes estudantes, que se traduz na adaptação a um novo meio e comunidade, abrange vários aspetos comuns a todos os indivíduos.
Uma análise recente permitiu destacar aspetos considerados relevantes numa fase de transição e adaptação dos estudantes, tais como a ajuda obtida ou não em orientação; as atividades extracurriculares no ensino secundário e os tempos livres mais recentemente desenvolvidos; os projetos antes de ingressar no ensino superior; os fatores mais determinantes para a escolha do estabelecimento e do curso; o sentimento de que o curso está correspondendo aos objetivos e expectativas; a identificação de eventuais dificuldades que os estudantes estejam sentindo; se estão satisfeitos com o curso e por quê; se preferiam ter-se inscrito em outro curso superior; o que consideram mais importante para se sentirem bem no estabelecimento e com o curso que frequentam. São, portanto, muitas as dúvidas que recaem sobre o jovem.
Ao entrar para o ensino superior, é conseguido o que sempre se ambicionou, mas desde logo são muitas as questões que se colocam e podem perturbar o ciclo que se inicia: Terei sucesso? Serei capaz de lidar com os desafios? Terei vontade de desistir? Serei capaz de estudar e ser bem-sucedido? Para estas questões, muitas vezes, as respostas formais e informais são quase nulas, enredando o jovem numa teia de dúvidas…
Por outro lado, à medida que se aproximam do fim da formação, o envolvimento no meio acadêmico tende a ser mais pleno, visando à transição para o mundo do trabalho. Mas também a vivência da transição para a vida ativa é cada vez mais complexa e obriga a uma constante adaptabilidade por parte dos estudantes que frequentam o ensino superior, o que acentua a importância de intervir mais precocemente e de forma sistemática e continuada.
Todos já ouvimos os jovens dizerem que não valerá a pena terminar o percurso, pois não terão a sua oportunidade…Torna-se, pois, premente criar estratégias que lhes permitam lidar com tantos desafios, dando-lhes igualmente ferramentas internas para se ajustarem à frustração que tantas dificuldades acarretam.
(Desenvolvimento Pessoal, Reflexões de Natália Antunes - escritora portuguesa, janeiro 2014)
Sinto-me satisfeita com meu curso na UCPel e por quê?
Hoje estou satisfeita, mas nem sempre foi assim...
Eu tinha 16 anos quando ingressei no ensino superior pela primeira vez, em um curso que eu não conhecia direito e em uma época que eu mesma não sabia que rumo queria tomar.
Lembro de ter feito no 3° ano do ensino médio um teste vocacional, na esperança de que isso me ajudasse a encontrar um curso que se encaixasse nos meus gostos e habilidades. Acredito que o teste até possa ser bem sucedido guiando outras pessoas, mas não comigo. Um pouco por que eu mesma me enganava quanto aos meus gostos, considerando mais a influência das pessoas sobre a minha decisão ou a remuneração que eu teria como profissional do que minha própria opinião.
Acabei ingressando em um curso que em nada tinha a ver comigo, onde eu não tinha vontade de assistir às aulas e também não tinha assuntos para dialogar com meus colegas, o que terminou por me fazer desistir do curso. Fiquei cerca de um ano inativa, sem ter uma visão clara de um futuro profissional e, pior ainda, desmotivada pela experiência que eu tive anteriormente.
No meio de 2017 me inscrevi no Prouni para Arquitetura e Urbanismo da UCPel, o que foi na verdade um chute. Eu sempre tive um sentimento diferente por esse curso, mas nunca nem pensei nele como sendo uma possível carreira profissional.
Entrei para o curso e a tentativa acabou tendo êxito. Apaixonei-me pelo curso e hoje não me vejo fazendo outra coisa. Foi um combo de fatores favoráveis: os colegas, os professores, a instituição e, principalmente, o conteúdo fizeram com que eu finalmente me achasse.
Hoje posso dizer que sim, estou muito satisfeita, Arquitetura e Urbanismo é o meu curso e a UCPel é a minha segunda casa.
(Gabrielly Morais Teixeira)