Desde abril deste ano, o projeto de extensão Ressocializa SUS, da Católica de Pelotas (UCPel), tem levado educação em saúde e prestado assistência médica aos recuperandos da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). Com uma proposta interdisciplinar, a iniciativa tem como objetivo proporcionar aprendizado prático aos acadêmicos através da ajuda à comunidade.
A responsável pelo projeto é a docente do curso de Medicina da UCPel, Maria Andrea Altamirano, que desde 2019 tem usado a Unidade Básica de Saúde (UBS) Pestano para atender os apenados do local. Segundo ela, foi através dessa necessidade de assistência médica que surgiu o Ressocializa SUS.
As visitas dos acadêmicos são realizadas aos sábados, a cada 15 dias. A coordenadora salienta que, além de atendimentos, os apenados em recuperação assistem a palestras sobre diversos temas, como hipertensão, diabetes, tuberculose, tabagismo, entre outros.
Apoiadora da metodologia utilizada na Associação, Maria Andrea reforça a importância do Ressocializa. “É um projeto super bom e a forma que nós encontramos de ajudar é esta, levando saúde para dentro da Apac”, destaca.
Atualmente, participam das atividades seis extensionistas - todos estudantes de Medicina. Segundo Maria Andrea, no entanto, o objetivo é formar uma equipe multidisciplinar através da participação de alunos dos cursos de Odontologia, Fisioterapia, Serviço Social e Psicologia.
Os acadêmicos da UCPel matriculados nos cursos citados, e que têm interesse em se tornarem voluntários, podem encaminhar um e-mail para a coordenadora do projeto: maria.altamirano@ucpel.edu.br.
A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados tem como objetivo principal a recuperação de presos através da justiça restaurativa. Trata-se de um modelo alternativo capaz de amenizar o problema penitenciário, descentralizar o cumprimento de pena e humanizar as prisões.
Entre os indicadores obtidos através da metodologia, dois se destacam: a taxa de reincidência abaixo de 15% e o custo per capita de um terço em comparação com a pessoa privada de liberdade no sistema prisional comum.
Redação: Kauã Blank